Opinião
O fétiche do racismo e a vandalização de ícones do passado
Luís Raposo
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É enfeitiçados pela bitola americana que os auto-proclamados “activistas anti-racistas” vêm o mundo. Ora, em grande parte deste outro mundo interiorizámos há muito a consciência de que tudo o que temos representa acumulação de sucessivos passados: os monumentos, os nomes e traçados de praças e ruas, as colecções em museus e… as estátuas obviamente. Cruzamo-nos a cada dia com memórias que nos incomodam, mais do que nos enaltecem.
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Porque afinal o que resta da intersecção de todos os que não tiveram pecados, mais a mais vistos à luz do nosso tempo? Nada, nem a Cinderella, nem os "santos/heróis" que agora veneramos: Gandhi ou Mandela, Luther King ou Madre Teresa... Há limites, por certo, e alguns foram já nomeados. Mas o importante é libertarmo-nos dos fétiches (próprios ou importados), impregnarmo-nos da cultura de cada país concreto e convivermos racionalmente com tudo o que não é nem preto, nem branco – e é para manter, porque nos faz adultos e cidadãos.
Em anexo e também aqui:
https://www.publico.pt/2020/06/28/culturaipsilon/opiniao/fetiche-racismo-vandalizacao-icones-passado-1921767
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