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Re: [Archport] Exéquias do Dr. Dias Diogo

To :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Exéquias do Dr. Dias Diogo
From :   ralfenim@sapo.pt
Date :   Wed, 02 Sep 2020 22:58:22 +0100

Conheci o Diogo há uns bons anos, em S. Cucufate. Lamento, com tristeza, a tão precoce perda deste amigo desse tempo com quem, ainda que de maneira esporádica, sempre fui mantendo contacto. Todos os que com ele convivemos teremos que fazer o nosso luto; à família, as minhas condolências.

Rafael

Citando José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>:

         Amanhã, quarta-feira, dia 2, o corpo do arqueólogo Dr. António Manuel Dias Diogo estará em câmara ardente, na capela do Centro Social Paroquial de Oeiras (Rua de Macau, Nova Oeiras), das 13 às 16 horas.

            Seguir-se-á o funeral para o Centro Funerário de Barcarena.

            Dias Diogo, que tinha 67 anos, foi docente de Arqueologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa, até 1997; esteve como responsável pelo Teatro Romano de Lisboa logo no início da reabilitação daquele importante monumento. Dirigiu escavações na Alcáçova de Santarém, de cuja 1ª campanha publicou o «material romano» (Conimbriga 23, 1984, p. 111-141); e em Chões de Alpompé, sítio de um acampamento romano perro de Santarém, de que publicou, com Laura Trindade, os materiais daí exumados (Conimbriga 32-33, 1993-1994, p. 263-281).

Como arqueólogo ao serviço da autarquia lisboeta, dirigiu escavações, por exemplo, nas chamadas Termas dos Cássios, situadas na Rua das Pedras Negras, cujo espólio epigráfico amiúde deu rapidamente a conhecer na revista Ficheiro Epigráfico, sendo de destacar a notável inscrição dedicada ao cidadão romano da ordem equestre, L. Cornelius Bocchus, inscrição que permitiu saber muito mais acerca deste importante personagem da Lusitânia romana (Ficheiro Epigráfico 60, 1999, inscrição nº 275).

            Interessou-se, de modo particular, pelos estudos cerâmicos, tendo mesmo elaborado um trabalho de referência, o «quadro tipológico das ânforas de fabrico lusitano», publicado no volume 5 da IV série d’O Arqueólogo Português, 1987, p. 179-191. No teatro romano fez escavações em 1966/1967, de que deu a conhecer as ânforas e as sigillatas tardias então identificadas (Revista Portuguesa de Arqueologia 2/2, 1999, p. 83-95).

            Será, obviamente, lugar-comum dizer-se que da sua actividade ainda muito havia a esperar, nomeadamente em colaboração com a Dra. Laura Trindade. Neste caso, porém, essa afirmação reveste-se de mui especial significado e tem pleno cabimento, atendendo aos materiais, decerto significativos, que não teve ocasião de publicar.

À família enlutada, especialmente à sua Viúva, Dra. Laura Trindade, e a seus filhos, apresentamos os mais sentidos pêsames.

                                                                                 

                                                                                              José d’Encarnação

 

 

 

 

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