Estimado Jorge Raposo,
Parabéns pelo aniversário, pela iniciativa e pela resistência.
Abraço.
São difíceis os tempos que atravessamos! A crise pandémica gerada pela Covid-19 cerceou fortemente a sociabilidade a que nos habituáramos nos planos familiar, profissional e académico, entre outros. As oportunidades de convívio e partilha de momentos de lazer, de trabalho, de saber e experiência, são agora reduzidas e muito condicionadas.
Manter o equilíbrio individual e de grupo exige, cada vez mais, que se procurem formas alternativas de interacção para resistir enquanto perdurarem as condições adversas que tod@s desejamos transitórias. A generalização do uso da Internet é hoje um recurso fundamental para esse efeito, mal-grado também veicule abundante informação errada e contra-informação.
Para que o balanço seja positivo, muito têm contribuído pessoas e instituições que intensificaram a preparação e distribuição dos mais variados conteúdos, nomeadamente no domínio da Cultura e do Património cultural e ambiental.
O Centro de Arqueologia de Almada (CAA) acompanha esse movimento pelos meios ao seu alcance, entre os quais avulta a manutenção de um plano editorial em duas vertentes: a Al-Madan Online, revista digital activa desde 2005 que teve dois tomos publicados em 2020 (Janeiro e Julho); e Al-Madan impressa, cujo número de 2020 será apresentado dentro de dias, na sessão de abertura do III Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
O percurso da Al-Madan teve início há 38 anos, em Novembro de 1982, aquando da celebração do 10.º aniversário do CAA. O vasto programa então concretizado incluiu a apresentação do n.º 0 de uma 1.ª série impressa, há muito esgotado e só acessível em bibliotecas e alfarrabistas. Porque a passagem do tempo o transformou em fonte documental para a História da Arqueologia portuguesa, o CAA disponibiliza a tod@s @s interessad@s uma cópia digital da Al-Madan n.º 0, em versão integral e gratuita. Entre outros temas de interesse, aí encontrarão, por exemplo, o artigo que introduziu em Portugal a escavação arqueológica segundo o “método de Harris”, e também uma entrevista com Francisco Alves, então responsável pelo novel Departamento de Arqueologia do IPPC, em acumulação com o Museu Nacional de Arqueologia.
Para ler em calma e segurança, com os cumprimentos do CAA, hoje, dia 1 de Novembro, quando celebramos à distância (mas unid@s) o seu 48º aniversário.
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