Ao ver esta notável ligação entre a criação de uma marca e um projecto científico no âmbito da Arqueologia, foi a frase in vino veritas! que de imediato me ocorreu, embora saiba também que, entre todos os humanos, consta serem os arqueólogos dos melhores apreciadores da boa mesa!... Claro, o ambiente era bem outro, aquele em que a frase terá sido proferida: que, com um grãozinho na asa, a boca foge para a verdade e conta-se o que não se deveria… Bem outro, de facto, o ambiente, porque o projecto Lisboa Romana quer contar tudo o que se deve saber acerca do tempo em que os senhores romanos por aqui gozaram das delícias do que é hoje a nossa capital. Vamos lá então ver o que se lê na proposta de informação à imprensa (e não só!). ¿E não é que até tem, no final, uma daquelas tiradas típicas da fraseologia dos enólogos: «Cor granada profunda, nariz com notas de frutos pretos, trufas e tabaco. Na boca apresenta estrutura envolvente e final longo»? Não é um mimo, ora digam lá!? E sabem o que são frutos pretos, esses que dão notas para o nariz? Vamos, então, à explicação: «Na sequência do desenvolvimento do trabalho em rede, com os vários parceiros da Área Metropolitana , a Câmara Municipal de Lisboa, em parceria com a Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e a Quinta de S. Sebastião, deu vida ao vinho Lisboa Romana Reserva Tinto. Produzido a partir da referência “Quinta de S. Sebastião Reserva, Vinho Regional de Lisboa”, é um vinho que já ganhou várias distinções; por exemplo, em março de 2020, foi considerado «o melhor vinho tinto», entre mais de 3000 referências de todo o mundo, no tão prestigiado concurso Vinalies 2020, em Paris. Cor granada profunda, nariz com notas de frutos pretos, trufas e tabaco. Na boca apresenta estrutura envolvente e final longo. Acompanha bem pratos de carne, nomeadamente uns secretos de porco preto ou uma posta mirandesa». Que tal? Não é aliciante? E não ia agora uma posta mirandesa ali grelhada a preceito? Vinha depois a indicação dos locais onde se pode adquirir. Isso, porém, eu creio não me ser lícito indicar, porque me cairiam em cima todos os vitivinicultores! Não resisto, porém, a incluir, em anexo, o bem sugestivo cartaz. José d’Encarnação |
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