[Archport] O conteúdo de Liburna 16/17 (Maio-Novembro 2020)

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                Apresenta-se Liburna – Revista Internacional de Humanidades, editada pelo Servicio de Publicaciones da Universidad Católica de Valencia San Vicente Mártir, como «um foro de encuentro entre saberes cercanos, entre conocimientos histórica y socialmente próximos y afines, un lugar para el diálogo de las – en otros lugares – denominadas Ciencias del Espíritu.

            O número duplo recentemente posto a circular não desmerece esses propósitos, porque, se assuntos literários e históricos ali são tratados, os editores os envolvem numa aura poética, nas divisões temáticas que propõem. Ora leia-se: Cuaderna Llana, Marítimo Instante, Dársenos de la Memoria, Cartas Náuticas, Lantias de Bitácora e Desembarcaron en Galilea (bonita forma, esta, de apresentar a necrologia, neste número dedicada a Jean LE DÛ).

            De modo particular nos interessa o conteúdo de Dàrsenos de la Memoria (que os demais autores no-los desculpem!):

            - Xaverio Ballester debruça-se sobre o «paradigma de la continuidade paleomítica»;

            - Emili Casanova refere-se à toponímia românica no Onomásticon  de Corominas;

            - Joan Ferrer i Jané propõe nova leitura para a legenda monetária turdetana OKANAKA;

            - Aleksandar Krivokapić e Stijepo Stjepović, da Universidade de Zatar, mostram a crítica feita às novelas de cavalaria no Don Quijote;

            - Eduardo Orduña Aznar dá uma nova interpretação à inscrição funerária de Lerga, pejada de onomática indígena.

            Especialmente oportuno nos tempos que correm é o minucioso artigo de Rafael Quintía (p. 187-253) a propósito do senicídio na mitologia galega, a que deu o bem sugestivo título de «Levar os Velhos ao Monte».

                                                                                                                                                                                             José d’Encarnação