Perante estas atrocidades que se tem visto nos concelhos, só me ocorre perguntar para que serve actualmente os PDM´s se os interesses económicos passam impunemente por cima, é que com estas atitudes só resta ver os PDM´s como papel higiénico porque não serve para mais nada, enfim...
Enviar mensagens de Archport para
Para se inscrever ou para anular a sua inscrição via web, visite o
endereço
ou envie uma mensagem de email com a palavra 'help' no assunto ou no
corpo da mensagem para
Pode entrar em contacto com a pessoa que gere a lista através do
endereço
Quando responder, por favor edite sua linha de assunto de forma a ela
ser mais específica do que "Re: Contents of Archport digest..."
Tópicos de Hoje:
1. Destruição final de uma mina de ouro romana conhecida como
Cova da Moura (Fratel, Vila Velha de Ródão) (Associação Alto Tejo)
----------------------------------------------------------------------
Message: 1
Date: Sat, 23 Jan 2021 16:27:39 +0000
Subject: [Archport] Destruição final de uma mina de ouro romana
conhecida como Cova da Moura (Fratel, Vila Velha de Ródão)
Message-ID:
Content-Type: text/plain; charset="utf-8"
*Destruição final de uma mina de ouro romana conhecida como Cova da Moura
(Fratel, Vila Velha de Ródão)*
Em meados de Janeiro de 2021 a Associação de Estudos do Alto Tejo teve
conhecimento da florestação do sítio da Cova da Moura de Fratel. Para
confirmação da informação foi visitado o local poucos dias depois.
No local deparámos com a destruição do sítio arqueológico através da
surriba para plantação de eucaliptos, tal como nos tinha sido comunicado.
Os eucaliptos, pelo porte, devem ter sido plantados há dois ou três anos.
Esta área de elevada importância arqueológica consta no atual PDM de Vila
Velha de Ródão, tal como já constava no anterior, com o nº 40 e está
registado no Portal do Arqueólogo (Direção Geral do Património Cultural)
com o Código Nacional de Sítio nº 2335. Esta identificação em importantes
documentos de ordenamento e gestão patrimonial fazia pressupor que este
sítio arqueológico beneficiaria de alguma proteção.
Como bem arqueológico foi identificada na segunda metade dos anos 70, por
elementos da Associação de Estudos do Alto Tejo. O prof. Paulo Caratão
Soromenho, com raízes em Fratel, no seu artigo Lendário Rodanense (1965) já
dá o lugar como ?mina explorada no tempo dos romanos?.
A área tinha sido eucaliptada, nos anos 80, em parcelas próximas da mina.
Atualmente restava da mina, uma das suas entradas, o escorial resultante da
trituração do quartzo, no qual nem vegetação nascia, e áreas em cotas
inferiores, com elevado potencial de solo para escavação e caracterização
da referida mina.
No espaço não intervencionado e na sua envolvência foram recolhidos bases
de pilões para trituração de minério, em quartzito, cerâmica de tipologia
diversa de que destacamos tégula de cronologia Alto Imperial (romana) e um
fragmento de uma taça em terra sigillata hispânica.
Os responsáveis por este crime patrimonial devem ser responsabilizados
criminalmente, simultaneamente devem arrancar as árvores plantadas e
custear trabalhos arqueológicos tendo em vista a caracterização do sítio.
Constatamos que os documentos vigentes de proteção do património não são
suficientemente eficazes, muito pela falta de identificação e fiscalização.
Este tipo de crime, destruição do património arqueológico, tem sido comum,
no concelho de Ródão e noutros, associados quase sempre a projetos
agroflorestais. Além dos proprietários são igualmente responsáveis os
organismos que tutelam a floresta, a agricultura, o património e a própria
autarquia.
Com os mais cordiais cumprimentos.
A Coordenação,
*Jorge Alberto Martins Gouveia*
-------------- pr?a parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: /mhonarchive/archport/attachments/20210123/4588e777/attachment.html
------------------------------
_______________________________________________
Archport mailing list
Fim da Digest Archport, volume 208, assunto 56**********************************************