ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA COOPERAÇÃO EM ARQUEOLOGIA PENINSULAR – ADECAP(Porto) CONFERÊNCIA ABERTA A TODOS(AS) OS (AS) INTERESSADOS (AS) Link para acesso ao zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89392017331?pwd=VXBUaGJXT3NQSzcwMGxPSFBRYmloZz09 28 MAIO 2021 - 21-23 H (Incluindo debate final) – POR ZOOM PALESTRANTE: DOUTORA MARIA PILAR REIS Maria Pilar Reis é arqueóloga e investigadora do CEAU da Faculdade de Arquitetura do Porto, mestre e doutora em arqueologia romana pela Universidade de Coimbra com ambas as teses dedicadas ao estudo das termas lusitanas. TEMA: BANHAR-SE COMO UM ROMANO: VIAGEM PELAS TERMAS ROMANAS LUSITANAS Os edifícios termais romanos são um dos mais expressivos testemunhos da complexa e desenvolvida tecnologia legada por Roma. Mas não só: as velhas termas são memória de uma sociedade que atingiu um patamar de cosmopolitismo que, ainda hoje, nos cria assombro. Entre 25 e 19 a.C. Agrippa, provavelmente um dos maiores artífices do império, mandou erguer no Campo Marzio, na Roma de Augusto, as mais luxuosas, sofisticadas e colossais termas, construindo um aqueduto apenas para as alimentar – o Aqua Virgo. Foram então chamados os mais importantes artesãos que as decoraram com pinturas, mosaicos e esculturas em mármore, cópias dos bronzes do famoso escultor Lisippo, e no seu exterior construíram uma monumental piscina ao ar livre, a famosa stagnum agrippae, na qual Nero, anos mais tarde, faria festas de inspiração náutica. Imagine-se agora que, poucas décadas depois, sobre um quarteirão de uma pequena cidade da Idade do Ferro, no extremo ocidental do Império, se construíram umas termas assim, mais pequenas e singelas, sem dúvida, mas não menos extraordinárias. Os romanos foram uma civilização que entendeu como a arquitetura pode mudar a sociedade e ser ela um instrumento eficaz de propaganda. As suas termas, para além do seu objetivo imediato associado à higiene, assumiram exemplarmente essa função. Os textos clássicos deixaram pistas sobre como os banhistas as utilizavam e o estudo sistemático dos seus vestígios tem permitindo entender a miríade de tipologias e da sua natureza privada, pública e por vezes, objeto de exploração comercial. Proponho esta pequena viagem utilizando como cenário algumas das termas que conhecemos na antiga província romana da Lusitânia. IMAGEM : POR EDUARDO RELERO – TERME ROMANE (Obra de arte efémera) |
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