A Opinião patrimonio.pt
desta semana é assinada por Luiz Oosterbeek e fala
da (ir)relevância da cultura e do património no Plano de
Recuperação e Resiliência:
«A inserção da cultura no PRR como
uma espécie de “adereço” é reforçada quando o PRR identifica
a matriz relacional de complementaridades entre os diversos
investimentos: a relação da cultura com outros domínios não
é considerada sequer como estando no nível mais “baixo”
(complementaridade indireta), incluindo com a saúde, a
habitação, as respostas sociais ou a qualificação, para já
não mencionar as temáticas da mobilidade sustentável ou da
escola digital. Talvez por isso, quando enumera os
resultados esperados dos investimentos e reformas no campo
da “Resiliência” (onde insere a cultura), o PRR não tenha
uma linha: na verdade, o plano não espera que aconteça nada
de relevante com esses investimentos e, neste campo, terá
provavelmente razão.
A forma como o PRR olha para a
cultura não parte, assim, da compreensão da sua dimensão
sistémica, sem a qual não é possível operar quaisquer
transformações sociais, restringindo-a, de facto, a um
bunker de curiosidades e divertimentos, explicitamente
separados de tudo o resto na vida dos cidadãos.»
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