É com tristeza que tomo conhecimento da passagem da Susana Correia. Recordo-a, sobretudo, do alegre convívio no Campo Arqueológico de Braga, nos já distantes anos 70, e a forma dedicada e cordial como acompanhava os jovens iniciados na escavação de Bracara Augusta. Manifesto condolências à família. J. Caninas De: histport-bounces@uc.pt <histport-bounces@uc.pt> Em Nome De jde@fl.uc.pt Ontem, à entrada do Museu Nacional de Arqueologia, deram-me a inesperada notícia. E ainda não estou em mim. Samuel Melro enviou-me há pouco o texto de in memoriam publicado na página Encuentros-Encontros Arqueologia SO, que mui dolorosamente transcrevo, acrescentando que velório é hoje a partir das 16.00 (Casa Mortuária de Beja) e o funeral amanhã às 11.30 – J. d’E. Susana Correia (1955-2021) A Susana partiu de forma inesperada ao início da noite de ontem. Nascida no Porto, a 13 de abril de 1955, licenciou-se na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e começou a sua vida profissional no Campo Arqueológico de Braga, logo após a conclusão da licenciatura. Em 1980 vai para Lisboa, numa fase de remodelação da arqueologia portuguesa e a partir do Departamento de Arqueologia do então IPPC acompanha projetos como o de Mértola e do sítio das Mesas do Castelinho. A sua vida continua a rumar para Sul. Depois de uma passagem pelo ensino em Grândola, vem definitivamente para o Alentejo em meados da década de 1980 quando entra no primeiro concurso dos Serviços Regionais de Arqueologia da Zona Sul (SRAZS), fazendo parte de uma geração que marca um momento importante na história da arqueologia portuguesa e da sua afirmação na estrutura orgânica do Estado. O seu trabalho, enquanto arqueóloga da administração central, passou pelo Museu de Beja (onde os SRAZS estavam instalados), por Miróbriga (onde iniciou o processo de valorização do sítio), por Tróia, por Garvão, pela Rua do Sembrano, em Beja, por São Cucufate e por tantos outros sítios, demonstrando sempre uma capacidade de adaptação às mudanças da Arqueologia e estabelecendo sempre boas relações com quem com ela contactava. A sua dissertação de tese de mestrado, apresentada na Universidade do Porto, versa sobre o sítio calcolítico do Cabeço da Azurria, em Cuba, onde desenvolveu trabalhos de arqueologia. Esteve envolvida no projeto de minimização de impactes da construção da barragem de Alqueva onde reuniu uma equipa de jovens arqueólogos. A Susana era arqueóloga da Direção Regional de Cultura do Alentejo e membro da Comissão Permanente dos Encontros de Arqueologia do Sudoeste. Uma apaixonada por Beja, pelo Sudoeste e pelo Mediterrâneo, um mar do tamanho da sua generosidade! A sua partida entristece-nos! Endereçamos as nossas condolências aos seus familiares, amigos e colegas e ao seu marido e companheiro José Baguinho. |
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