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[Atped] medição da velocidade caminhada e a força dum aperto da mão podem ajudar médicos a preverem riscos de derrames e de demência

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] medição da velocidade caminhada e a força dum aperto da mão podem ajudar médicos a preverem riscos de derrames e de demência
From :   "isabel reis" <isabelre@ci.uc.pt>
Date :   Fri, 27 Apr 2012 08:58:42 +0100

Testes clínicos sobre a medição da velocidade da caminhada e força aplicada aquando dum aperto da mão, podem ajudar a prevenção de derrames e de demência.

 

De acordo com a pesquisadora Erica Camargo, do Boston Medical Center (nos Estados Unidos) “testes muito simples, que podem ser feitos por qualquer clínico, podem ajudar a determinar os riscos que qualquer pessoa tem de desenvolver demência ou sofrer um derrame anos antes de a doença se manifestar”.

 

A fragilidade e o desempenho físico dos membros inferiores estão associados ao aumento do risco de demência, mas até o desenvolvimento desse estudo não se sabia como isso poderia impactar pessoas na meia idade.

 

Ao avaliaram 2.410 pessoas com idade média de 62 anos, foram feitos testes de ressonância magnética, velocidade de caminhada, força de aperto de mão e função cognitiva.

 

Ao longo do acompanhamento de 11 anos do estudo, 34 dos pacientes desenvolveram demência e 79 sofreram derrames. Indivíduos que mostraram ter velocidades mais baixas de caminhada tinham riscos 50% maiores de desenvolverem demência, quando comparadas a quem tinha velocidades mais altas. Andar mais devagar também mostrou estar associado a menor volume cerebral e desempenhos baixos em testes de memória e linguagem.

 

Quanto ao aperto de mão, pessoas com mais força mostraram ter riscos 42% mais baixos de sofrerem derrame ou ataque isquémico transitório. Porém, para pessoas com menos de 65 anos esse quesito não teve a mesma relevância. Mais força na mão também foi um indicativo de maior volume cerebral e melhor desempenho em testes cognitivos.

 

Os resultados impressionaram os pesquisadores. “Se esses testes pudessem ser feitos rotineiramente, como em exames físicos anuais, a informação poderia em junção à consideração de outros fatores de risco, ajudar clínicos gerais a decidirem quais pacientes devem ser encaminhados a um neurologista para avaliação precoce e possíveis intervenções clínicas”, explica Camargo.

 

O resultado desta pesquisa pesquisa foi apresentada na 64.ª Reunião Anual da “American Academy of Neurology”, Abril 2012.

 

 

 

Isabel Maria Paiva dos Reis

Universidade de Coimbra

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