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[Atped] LYGIA CLARK - CAMINHANDO EM BUSCA DO PRÓPRIO CAMINHO

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] LYGIA CLARK - CAMINHANDO EM BUSCA DO PRÓPRIO CAMINHO
From :   "Isabel Reis" <isabelre@ci.uc.pt>
Date :   Tue, 4 Jun 2013 10:56:00 +0100

 

Lygia Clark - Caminhando em Busca do Próprio Caminho

 

TERÇA E QUARTA 4 e 5 JUNHO,

10H00-18H00

Largo D. Dinis

 

Uma iniciativa da Universidade de Coimbra no âmbito da Mostra de Artes Cénicas do Ano Brasil em Portugal 2013

Público Alvo > Estudantes, professores e profissionais e de artes plásticas e invisuais

 

 

Nos dias 4 e 5 de Junho, Coimbra vai receber o camião com as obras de Lygia Clark. A exposição que está a percorrer o país vai estar instalada no Largo D. Dinis, uma mostra que apresenta réplicas das obras de uma das mais expressivas artistas brasileiras. A exposição Lygia Clark, Caminhando em busca do próprio caminho é montada sobre um camião baú, inteiramente adaptado para a apresentação das 46 replicas de obras desta artista brasileira onde é explicado o seu percurso artístico. No camião serão expostos os objetos sensoriais e relacionais e, do lado de fora, ficarão as obras de maiores proporções.


A obra de Lygia Clark, que é fundamentada na perceção, na revelação de níveis de significado e na experiência junto ao objeto, contará com monitores, devidamente treinados e capacitados, para acompanhar os visitantes durante o percurso da exposição, a fim de orientá-los na manipulação dos objetos e facilitar essa interação comunicativa entre o indivíduo e a arte que a artista propõe.


A circulação das suas obras em território português é a concretização de um sonho da própria artista escrito há 50 anos:

 

Lygia Clark [1963] "O que eu gostaria de fazer é o seguinte: levar os bichos para Portugal e fazer de lá até onde possa chegar, exposições em praças públicas. A tese de Ana de que o público (povo) é subestimado na sua real recetividade em relação a arte é válida e sentida evidentemente por mim também.


Seria uma maneira de provar ser esta uma arte “verdadeiramente participante” no mais alto sentido. Faria fotografias de cada local de exposições e levaria vários caminhando para que eles participassem em busca do seu próprio caminho. Compraria um trailer que se chamaria “caminhando” e faria uma espécie de excursão de ciganos. Como eu adoraria “ Seria a maior aventura da minha vida. Tenho que organizar isto. Para isto eu teria que levar alguém que falasse várias línguas, que tivesse força física e pudesse me ajudar dirigir o carro.


Os meus planos iniciais para os bichos não incluíam Museus nem “Marchants”. O que eu queria era fazer montes deles pôr à venda até nas esquinas por camelos. Mario Pedrosa disse ser um suicídio mas bem que estou arrependida pois acho que era o que deveria ter feito mesmo. Talvez este plano agora desta viagem é uma espécie de retomada da minha posição pois meu desejo é que todos possam dialogar com os bichinhos. Tenho certeza de que a gente do povo vai gostar deles pois aqui se dá a mesma coisa como o Português que aqui veio para comprar a máquina de funileiro. Perguntando-me o que fazia com esta máquina, mostrei o bichinho sem dizer nada. Ele olhou e pegando nas mãos virando-o de todos os lados disse: - Que interessante, não tem avesso...”

 

ENTRADA LIVRE

 

 

Isabel Maria Paiva dos Reis |239 857 000 | Ext. 389 

|Núcleo de Integração e Aconselhamento |Serviços de Ação Social | Universidade de Coimbra

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