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Livro ilustrado “Plasticus Maritimus” é candidato a prémio literário em França
Lusojornal29 Janeiro, 2021
O livro ilustrado “Plasticus Maritimus”, da bióloga Ana Pêgo e da escritora Isabel Minhós Martins, ilustrado por Bernardo P. Carvalho, que já esteve em destaque no LusoJornal, é candidato aos prémios literários franceses Sorcières, destinados à literatura para os mais novos.
A lista de nomeados aos prémios foi divulgada esta semana pela Associação de Bibliotecários de França e pela Associação de Livrarias Especializadas para Jovens, e partilhada ontem nas redes sociais pela bióloga Ana Pêgo.
A edição francesa de “Plasticus Maritimus, uma espécie invasora” está indicada na categoria de não-ficção.
Os Prémios Sorcières (feiticeiros, em tradução literal) foram criados em 1986, pela Associação de Livrarias Especializadas para Jovens, em parceria com a Associação de Bibliotecários de França, e reconhecem, em seis categorias, a produção literária para crianças e jovens que é publicada no mercado francês.
Editado em 2018 pela Planeta Tangerina, “Plasticus Maritimus” é um livro informativo sobre meio ambiente e um guia de exploração, para os leitores que queiram também ser mais ativos na defesa da natureza, escrito pela bióloga Ana Pêgo, juntamente com Isabel Minhós Martins, e ilustrado por Bernardo P. Carvalho.
Inspirada na nomenclatura científica que identifica as espécies da natureza, a bióloga Ana Pêgo criou, em 2015, um bilhete de identidade para designar a presença de plástico nos oceanos – Plasticus Maritimus.
A partir daí, desenvolveu todo um trabalho de consciencialização para o problema, com a realização de oficinas para crianças, exposições com o plástico recolhido em praias e partilha de informações com outros ativistas.
Na obra explica-se, por exemplo, que um ‘beachcomber’ é alguém que recolhe lixo nas praias e se torna num “colecionador que se interessa pela origem e pela história dos objetos que encontra”.
Há ainda dados estatísticos sobre a vida na Terra e sobre poluição – por exemplo, uma garrafa de plástico demora 450 anos a degradar-se -, é dado um enquadramento histórico sobre a produção de plástico e uma cronologia sobre “coisas importantes que já aconteceram entre pessoas e oceanos”.
As autoras deixam ainda conselhos práticos para uma ‘saída de campo’, para recolha de lixo, e enumeram tipos de ‘plasticus maritimus’ comuns e raros que se encontram nas praias, como beatas de cigarro, palhinhas, cotonetes, pequenos brinquedos, moedas e lancetas de diabéticos.
O livro, que já tinha estado em destaque no LusoJornal e cujos direitos foram já vendidos para tradução em catalão, galego, espanhol, chinês, checo, inglês, francês, italiano, coreano e polaco, recebeu em 2020 uma menção na categoria de melhor livro de não ficção na Feira do Livroo Infantil e Juvenil de Bolonha, Itália.
Os vencedores dos Prémios Sorcières serão anunciados em março.
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