SINOPSE
Com este trabalho, pretendo dar um contributo para o vasto puzzle que constitui a vida aventurosa do Infante D. Manuel de Bragança. Após um longo hiato desde as obras de Ernesto Soares (apenas interrompido por alguns artigos pontuais publicados nas décadas de 50 e 60), eis que, desde há alguns anos, parece haver um certo ganho de interesse pelo personagem.
Creio, no entanto, fazer falta um primeiro trabalho de síntese, complementada por dados provenientes de documentos (em especial, correspondência) existentes em arquivos estrangeiros, que permitem obter uma perspetiva mais focada na intimidade afetiva e na vertente artística e cultural – tão importante no contexto europeu da época – do que aquela que ressalta da documentação dos arquivos portugueses, já bastante analisada, que incide essencialmente sobre aquilo que, em Portugal, se considerava a rebeldia de um príncipe em fuga e os seus caprichos e extravagâncias (nomeadamente despesas e dívidas, sendo que estas não eram exclusivas do personagem, mas comuns na alta sociedade da época). Uma análise baseada unicamente nessas fontes acarreta uma visão necessariamente distorcida – senão caricatural –, que oculta a riqueza humana do personagem, a sua sensibilidade e o seu cosmopolitismo.
SOBRE O AUTOR
Natural de Lisboa, João Miranda é licenciado em Química e trabalha para uma instituição internacional, residindo a maior parte do tempo no estrangeiro. Teve sempre uma paixão pela História, dedicando uma boa parte do seu tempo livre à pesquisa, em especial sobre temas, personagens e eventos dos sécs. XVII e XVIII.
Entrada livre. Informações e reservas de lugares: luisgomes@althum.com | 919 745 338