[Histport] A MITIFICAÇÃO DE UM PAÍS: O PAPEL DO SPN/SNI E DE ANTÓNIO FERRO

[José D´Encarnação <jde@fl.uc.pt>]

 

SOCIEDADE PORTUGUESA DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA (SPAE)

(PORTO)

 

Promove a conferência de acesso livre, por zoom. Link:

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A MITIFICAÇÃO DE UM PAÍS: 

O PAPEL DO SPN/SNI E DE ANTÓNIO FERRO

 

 

Segunda-feira, 11 de março de 2024, 21,30 h. (hora de Portugal)

 

 

pela Prof.ª Doutora Carla Patrícia Ribeiro

 

 

 

Temática:

 

António Ferro é melhor conhecido como o ‘relações-públicas’ do Estado Novo. Todavia, foi também, além do chefe da propaganda de Salazar, um homem de/da cultura. E dela se serviu para os projetos políticos e ideológicos do organismo que dirigiu de 1933 a 1949: o Secretariado de Propaganda Nacional, depois de 1944 Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo. Com tanto sucesso que, decorrido quase meio século desde o fim da ditadura, deparamo-nos com um Portugal cuja imagética é ainda devedora desse período e da sua ação. É essa “grande fachada da nacionalidade”, que Ferro laboriosamente construiu, através da “Política do Espírito”, o centro desta palestra. E, embora o diretor do(s) Secretariado(s) se tenha servido da criação e produção artísticas e culturais nas suas diferentes disciplinas – da literatura e música à escultura, da arquitetura à pintura, passando pelo cinema, teatro, pelas artes decorativas e pelo design – foco esta intervenção sobretudo na utilização da então denominada ‘cultura popular’ para desvendar os processos de mitificação do país que levou a cabo. 

 

 

A AUTORA:

 

Carla Patrícia Silva Ribeiro é Professora-Adjunta na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto (ESE), investigadora integrada do CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória», FLUP) e investigadora colaboradora do InEd (Centro de Investigação e Inovação em Educação, ESE). 

É doutorada em História (Contemporânea), pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com a tese Imagens e representações de Portugal. António Ferro e a elaboração identitária da Nação, tendo ainda um Pós-Doutoramento em História na mesma instituição, com o projeto SNI e SEIT (1944-1974):  A história de uma instituição do Estado Novo.

É investigadora no âmbito da História Cultural Contemporânea e do Património Cultural Imaterial, nas seguintes áreas: políticas e organismos culturais dos regimes autoritários/totalitários, com enfoque no caso português, cinema português e turismo no Estado Novo, estudos folcloristas portugueses nos séculos XIX e XX, em ligação com as questões de identidade nacional. 

É autora de vários artigos em revistas nacionais e internacionais relacionados com estas temáticas

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