Sinopse
«Apesar do acervo monumental de referências e dados científicos facilmente disponíveis a qualquer indivíduo, nota-se o acelerado crescimento da desinformação e da deterioração da saúde mental de jovens e adolescentes atribuída ao uso excessivo de redes sociais. Frente a percepção desse cenário, as escolas do ensino médio limitam-se a limitar ou proibir o uso de smartphones no ambiente de ensino. As iniciativas de educação para as mídias e a incorporação dos smartphones ao processo educacional ainda são escassas e, por vezes, confundidas com a capacitação para o uso das tecnologias de informação.
Propomos alternativas centradas em novas retóricas e dinâmicas baseadas em conceitos da Ciência e Arte, objetivando a construção de vínculos de confiança e aprendizado entre alunos e professores. Serão apresentadas experiências preliminares nesse campo que integram o Programa IOC +Escolas da Fundação Oswaldo Cruz. Usando novas metodologias de interação, conceitos ligados à transdisciplinaridade da inovação, criatividade e estética voltados ao fazer científico serão explorados buscando a exploração e explicação do mundo a partir de histórias da ciência para compreensão profunda do que nos cerca. Pretende-se demonstrar a centralidade de assuntos usualmente ignorados no ensino médio como a “economia da atenção”, “a relevância da ciência e das tecnologias à sobrevivência humana” e a importância do estudo dos “casos ordinários”.».
«Paulo Roberto Vasconcellos-Silva é Pesquisador do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos / LITEB, IOC/Fiocruz. Docente permanente da PG/Ensino de Biociências em Saúde (PGEBS) do IOC/Fiocruz. Coordenador do curso "Visualidade em pesquisa" na PGEBS. Docente permanente da PPGBIOS/Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva da Escola Nacional de Saúde Pública / ENSP/Fiocruz. Assessor de Comunicação Científica / direção IOC. Líder do grupo de pesquisa CNPq "Apropriação Social das Tecnologias de Comunicação".