Hoje, a opinião patrimonio.pt é de Tatiana Bina, do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa. Fala-nos dos desafios e paradoxos que actualmente se colocam aos museus, monumentos e outros equipamentos culturais que, especialmente a partir do primeiro confinamento, tiveram que operacionalizar ou potencializar a comunicação e a interacção com o público através da internet: «A restrição ao mínimo de serviços, a redução de horários e o encerramento não significam apenas uma redução da faturação, mas igualmente um desvinculamento dos públicos. É por essa razão que manter o contacto por meio da internet é tão necessário. O maior problema é que, embora muitas instituições tenham páginas virtuais e presença nas redes sociais, mesmo entre as maiores poucas têm trabalhadores que atuem neste tipo de comunicação em tempo integral ou sequer percebam a importância desse tipo de atuação. Quando os confinamentos começaram, o escasso uso das possibilidades digitais e a presença reduzida de material online eram realidade para muitas instituições e tornaram-se um problema ainda mais latente. (...) A questão é que é preciso fazer muito para além desse mínimo para que esse contacto com o público potencie um vínculo sólido. As fidelizações, as mobilizações digital e real são diferentes. Nas redes sociais as instituições culturais estão em competição umas com as outras e com todo o entretimento, notícias e outros domínios. O trabalho de comunicação digital exige formação e recursos. (...) Se as mudanças já estavam a caminho, como se tornou ponto comum dizer, isso não significa que o caminho já está traçado. É preciso ter em conta os problemas enunciados, e outros que ainda devem ser discutidos. As inovações tecnológicas estão em constante mudança, assim como as suas possibilidades. Sobretudo deve ter-se em conta que, não sendo necessário viajar para visitá-los, museus e monumentos tornam-se globais como é global a internet.» Leia o texto na íntegra em www.patrimonio.pt Todos os textos de Opinião patrimonio.pt aqui. |
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