O Teatro Nacional de São Carlos reabre ao público no dia 19 de abril e, na primeira semana de regresso, apresenta concertos nesse dia 19 e nos dias 22 e 24. No primeiro desses concertos, a 19 de abril, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa reencontram-se em palco sob a direção de Joana Carneiro para interpretar obras de Mahler e Beethoven. |
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Segunda-feira, dia 19, às 20h, no Teatro Nacional de São Carlos, realiza-se o concerto que assinala o reencontro entre o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa e destes com o público. Liderado por Joana Carneiro, inclui um elenco de solistas, com destaque para Marina Pardo (meio-soprano) e Vasco Dantas (piano). Em programa, Mahler e Beethoven, um repertório em que Joana Carneiro se tem vindo a especializar. Os cinco Rückert-Lieder, originalmente publicados em separado, foram depois sendo executados e constituindo um conjunto especial na obra de Mahler. Liebst du um Schönheit, a última canção, foi originalmente concebida para voz e piano e é uma delicada peça composta especificamente para a mulher do compositor, Alma. Os primeiros quatro estrearam em Viena, em 1905, sob a direção de Mahler. A Fantasia para piano, solistas, coro e orquestra op.80, conhecida como «Fantasia Coral» foi escrita em 1808, tinha Beethoven 38 anos. Foi pensada como a conclusão de um estonteante concerto, onde foram também estreadas mundialmente a Quinta e a Sexta Sinfonias, o Concerto n.º 4 para piano e orquestra e, ainda, excertos da Missa em Dó Maior! Beethoven queria um final «brilhante» que unisse na mesma peça todos os executantes do concerto dessa noite: pianista solista, coro, solistas vocais, orquestra. A obra tem sido considerada como uma antevisão da Sinfonia n.º 9, pois inclui uma sequência de variações sobre um tema que é a claríssima primeira versão do conhecido tema que surge no final da derradeira sinfonia. O texto, apelando à fraternidade, também apresenta similitudes.
Na sexta-feira, dia 5, às 21h, apresentamos um recital de canto e piano, cujo programa se centra no compositor Fernando Lopes-Graça. Interpretam Susana Gaspar (soprano) e Nuno Vieira de Almeida (piano). Lopes-Graça musicou um universo poético português que se estende das Cantigas de Amigo a Saramago e inclui Antero, Pessoa, Régio, Cesariny, Sophia, Garrett, Botto, Nobre, Bocage e muitos outros. O presente recital dar-nos-á apenas breve reflexo desse entusiasmo com as obras de Eugénio de Andrade e de Camões. Do primeiro, o ciclo Mar de Setembro, cuja primeira audição integral se deu em 1964 com o autor ao piano e com um cantor ligado à história de São Carlos, o tenor Fernando Serafim. Camões foi também poderosa paixão e poucas dúvidas há de que as mais belas e profundas versões musicais dos seus textos se encontram nos muitos ciclos que Lopes-Graça lhe dedicou. Saindo da língua portuguesa, o nosso compositor não descurou outros grandes poetas (Tagore, Ronsard, Aragon, entre outros), mas o seu profundo apego à cultura popular de todos os povos ficou bem provado nos numerosos ciclos que deixou dedicados às canções tradicionais francesas, inglesas, gregas, russas, checas, eslovacas, negro-american, húngaras. |
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Na sexta-feira, dia 16, às 21h, transmitimos online o concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa com direção de Bruno Borralhinho, composto pelas três últimas sinfonias de Mozart. Um programa a não perder: as Sinfonias n.º 39, a n.º 40, (com o seu início que todo o planeta sabe trautear) e, finalmente, a n.º 41 («Júpiter», como ficou conhecida), cujo andamento final permanece como um dos grandes feitos da história da música. Acompanhe esta sexta-feira, às 21h em YouTube.com/SaoCarlos (acesso livre).
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No domingo, dia 18, a partir das 16h, transmitimos online o concerto para famílias A Flauta Mágica vista da Lua, com texto e encenação de Mário João Alves. «O espetáculo parte do célebre sábio Sarastronauta que há já alguns anos decidiu ir viver para uma estação espacial, na esperança de ter o sossego e a paz de espírito necessários para a sua incessante busca de sabedoria. O truque que encontrou para atrair homens para o seu mundo de virtude e sabedoria foi criar uma personagem chamado Papageno. O seu disfarce de Papageno é tão perfeito que nem Pamina, a própria filha de Sarastronauta, o reconhece». Acompanhe na sala online em YouTube.com/SaoCarlos (acesso livre) a partir das 16h de domingo, 18 de abril.
Assista ao quarto episódio da série ABC... Compositores! um programa semanal sobre a vida e obra de alguns compositores que procura inspirar jovens compositores a concorrer com uma composição original, escrita para a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Este episódio é dedicado ao compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827).
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