[Museum] As ruínas dum mosteiro

[<jde@fl.uc.pt>]

                O Doutor Vítor Serrão é sempre oportuno nas notas que amiúde – e ainda bem! – insere nas redes sociais.

                Desta feita, com a devida vénia ao Amigo e Companheiro destas Armas, não hesitei em copiar a excelente foto e o bem oportuno comentário.

                Oxalá, assim, ele chegue a quem de direito! Que nunca é tarde de mais!...

                Bem hajas, meu caro Vítor!

 

                                               José d’Encarnação

VÍTOR SERRÃO:

RUINAS OESTINAS. Ainda altivas, e sempre digníssimas no seu perfil de pedra com cinco séculos de sapiência, as paredes do velho mosteiro de frades agostinhos que se ergue junto à praia de Santa Rita, meio enterrado no areal, continuam a desafiar o tempo e a solicitar o esforço das nossas memórias. Conhece-se o seu historial, as vicissitudes que levaram ao abandono dos frades, a riqueza outrora reunida neste espaço, e os esforços em curso para revalorizar o conjunto (após uma imperiosa campanha arqueológica que tarda...). Como registo artístico, imagino o bom painel quinhentista de Diogo de Contreiras hoje no Seminário de Penafirme a ornar a antiga e hoje desmantelada igreja. E os azulejos polícromos do século XVII, hoje na igreja da Graça de Torres Vedras, também daqui oriundos. Ou certo painel hoje no museu da Fundação Eugénio de Almeida em Évora, igualmente daqui resgatado. Pedaços de memória que estas ruínas escondem... dignidade imensa num testemunho que prevalece sobre os ventos agrestes e o desgaste da maresia.

Ruínas de mosteiro antigo.jpg
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