Faculdade de Letras de Lisboa: 14, 15 e 16 de novembro de 2022 O ARTIS- Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa promove o Simpósio História da Arte Hoje Modus Operandi por ocasião da jubilação do Professor Vítor Serrão (n.1952). Ao tributo que é devido a um dos mais influentes historiadores da Arte portuguesa das últimas décadas, soma-se a homenagem a outro grande nome da História da Arte nacional, o Professor José-Augusto França (1922-2021), por ocasião do centenário do seu nascimento. Expoentes das respetivas gerações, mestre e discípulo foram determinantes na consolidação da História da Arte em Portugal como disciplina autónoma a nível do ensino, da investigação e da intervenção cívica. O momento de homenagem é também o momento de reflexão sobre a importância da História da Arte hoje e qual o seu papel na sociedade. Em termos gerais, a História da Arte tem vindo a solidificar algumas linhas fundamentais de caracterização, tomando toda a arte da pré-história aos nossos dias: 1) a perspetiva pluridisciplinar de pesquisa em torno da obra de arte e do artista, unindo visões plurais e recorrendo a diversas disciplinas humanísticas e científicas, para a clarificação do problema artístico em apreço; 2) a perspetiva trans-contextual da arte, valorizando não apenas o tempo da encomenda e da produção - na sua vinculação temporal (iconográfica, ideológica, estilística, etc.) - mas também o seguimento da vida da obra, nos seus momentos de glórias, de indiferenciação ou de silenciamento até ao presente; 3) a perspetiva cripto-artística, na qual o estudo artístico não se limita às existências, pois não podem ser esquecidas as obras de arte desaparecidas, mutiladas ou mesmo aquelas que não passaram da fase de conceção e projeto; 4) a perspetiva micro-artística, alargando o campo de análise e valorizando a produção dita de periferia ou de esfera regional, dando importância também aos materiais “não nobres”; 5) a perspetiva dialética entre a vivência da obra de arte e a sua fragilidade matérica, a qual impõe ao historiador da arte o imperativo da salvaguarda, na ação coordenada de estudo, conservação, musealização e fruição; 6) a perspetiva humanística de uma História da Arte pensada para servir as comunidades, clarificando as suas valências identitárias e memoriais, bem como as mais-valias artísticas que melhor as qualificam. A organização convida à apresentação de propostas de comunicações relacionadas com os pontos enunciados, através do envio de um resumo, no máximo de 300 palavras, acompanhado de uma pequena nota biográfica do(s) autor(es), com cerca de 200 palavras, até ao próximo dia 31 de março de 2022, para: Comissão de Organização do Simpósio História da Arte Hoje - Modus Operandi (artis@letras.ulisboa.pt).
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Apresentação História da Arte Hoje Modus Operandi.pdf
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