O “Património” (na concepção que lhe foi dada em “Património, Cognição, e Evolução Humana”, 2022,
Oficina do Impronuncialismo) ajudará a compreender a insuficiência e o limite do
regime designado por “Democracia”?
De facto, a «Democracia» foi transformada pelos atuais humanos na solução propalada para o seu
Presente e Futuro. Quem a não defende, é preso, perseguido, e atirado para a masmorra da inquisição.
O Estudo do Património, porém, ajuda a compreender a insuficiência e a incompletude dessa “Democracia”.
Esse limite é bem visível: seja nas recentes eleições no Brasil; seja nos atuais regimes e países ditos “democráticos” dos EUA, Reino Unido; seja nos episódios do ‘Brexit’
ou da ‘vontade independentista da Escócia’; seja em inúmeros outros casos espalhados pelo tempo e pelo mundo. São demasiados casos e demasiado tempo para ser uma mera coincidência.
Repare-se com objetividade e clareza no seguinte facto ... O «sistema Democrático» em todas as partes em que foi adoptado conduziu inevitavelmente, com o decorrer do tempo, ao seguinte
resultado: «50% para um lado / 50% para o outro lado». E nas eleições que dão um resultado diferente, aparentemente mais assimétrico, os «50% vs 50%» estão entre «os que votam» e «os que nem sequer foram às urnas». É mais do que
evidente que as propaladas “vitórias” são feitas de escassos votos, que não significam nada em termos sociais e humanos. Mantém o
status quo. São “vitórias de Pirro”.
A insuficiência e a incompletude da “Democracia” é mais do que evidente. E, o outro sistema melhor, aquele que «há-de vir» (aquele a que todos os
Situacionistas de todas as épocas chamam, de forma errada e motivada, por “utópico” ou “impossível”), não é desculpa para não começar a mudar já o sistema que não presta.
A “Democracia” mostra que é uma regulação que conduz a uma
regularidade descrita numa curva de Gauss normal (5% - 90% - 5%). Conduz a um impasse entre dois pólos opositivos, inversos, isomorficamente simétricos. Não apenas conduz a esse impasse, como é a autora da sua permanência, inércia e repetição. A “Democracia”
conduz a uma escalada dessa lógica – de «guerra entre contrários» – que destrói a unidade de qualquer Sociedade, e cava uma crescente violência e ódio entre uma população humana dividida entre duas metades fratricidas…
Esquerda/Direita, republicanos/democratas, nacionalistas/liberais,
maus/bons, certos/errados, puros/impuros, etc..
O Estudo do Património
mostra que a “Democracia” é um sistema que conduz a uma divisão fratricida dos Povos e da Sociedade. Que é um sistema que corta a meio a Vida e a Sociedade, cavando uma “guerra fria” perpétua e irresolúvel entre «Prós e Contras». Confina e
encarcera a Vida Humana numa oscilação infinita e imobilizada entre «50% vs 50%».
Em suma, não permite a escolha de um
Caminho. Constrói uma inércia na Evolução (Continuidade, Adaptação).
Uma maneira de tornar ainda mais visível este limite e esta insuficiência talvez fosse, quiçá, um conjunto de
Museus – de temáticas diferentes, e utilizando coleções e objetos também diferentes – fazerem, em cooperação e colaboração, uma
Exposição sobre a “DEMOCRACIA HOJE”?
Até, porventura, ajudasse a mediar exatamente esse mesmo impasse que volta a escalar o Ocidente e o Oriente a pretexto da «ucrânia vs rússia». Quem sabe, se esse acto de
gestão do Património, não ajudaria?
Pedro Manuel-Cardoso
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