[Museum] Ficheiro Epigráfico 238 (2022)

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                Olá!

                É meu privilégio e do Dr. José Luís Madeira informar que já se encontra disponível o nº 238 de Ficheiro Epigráfico, suplemento de Conimbriga, revista do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, destinado a dar a conhecer inscrições romanas inéditas do espaço peninsular:

 

 

·                     FICHEIRO EPIGRÁFICO 238 - 2022 [ver/abrir]

822 - Fragmento de dolium com grafito da villa do Monte da Cegonha, Selmes, Vidigueira (Conventus Pacensis)

          André Donas Botto, José d'Encarnação, Marco Valente

823 - Árula votiva do Castro de Goujoim, Armamar

          José d'Encarnação, José Carlos Santos

824 - Una nueva sonda médica con inscripción

          Marc Mayer I Olivé

 

            Se a publicação do grafito volta a ser uma chamada de atenção para o alcance histórico que os grafitos detêm para o estudo do quotidiano económico, a apresentação de uma nova sonda médica recorda uma actividade sobre que as epígrafes também proporcionam curiosas informações. Permita-se-nos, porém, que realcemos o alcance da descoberta da árula a Vacuus, como espírito sagrado que superintendia à «acção benéfica» do rio Vouga. Imaginávamos que também esse rio tivesse gozado de importância na época romana; mas, até agora, nenhum elemento no-lo comprovara tão eficazmente, em nosso entender, como esta árula. Em segundo lugar, realce-se a proposta – obviamente, também ela sujeita a discussão – de a omissão do dedicante poder significar algo de semelhante às oferendas a númenes, no seu lugar de culto, mesmo nos nossos dias. Já víramos que a omissão do nome da divindade poderia significar que o ex-voto se destinava a ser colocado no local do seu culto (http://hdl.handle.net/10316/26770); agora, propõe-se que a omissão do dedicante vá no mesmo sentido.

           

            No voto de mui sereno fim-de-semana

 

                                                           José d’Encarnação