De: Lídia Fernandes <lidiafernandes@egeac.pt> Estimado Professor Vasco Gil Mantas e aos demais Também passei por Estremoz e pelo Café Águias d’Ouro encerrado, com um tapume metálico sem qualquer explicação do que vai acontecer de seguida. Também passei pela Azaruja (Freguesia S. Bento do Mato), a cerca de 30 km e quando segui a tabuleta que dizia ”Palácio e Igreja do Conde de Azarujinha” o espetáculo ainda foi mais aterrador. Um misto de surpresa e admiração com incredulidade e tristeza. Os dois primeiros sentimentos suscitados por edificações curiosas e fantásticas, admiráveis no seu revivalismo e que me eram desconhecidas, os segundos pelo estado lastimoso e de um destino sem retorno a que estão votadas. Continuamos a não perceber como é possível nada fazer para salvar este e tantos outros patrimónios. Fiquei, pelo menos, a conhecer a história do Conde Azarujinha, António Augusto Dias de Freitas, e da relevância que teve para o país. Os edifícios ficam, permanecem e parecem não significar nada para todos nós … é uma pena. Que ao menos esta mensagem vos dê a conhecer o Conde de Azarujinha e a igreja e palácio que mandou erigir no séc. XIX (embora haja vestígios de ter sido uma edificação anterior), ainda que as imagens não façam justiça à beleza e encantamento do sítio. Aconselha-se, a quem visite o lugar, um almoço no restaurante Bolas ou no café Adega Velha, com umas belíssimas talhas, típicas desta zona alentejana. Lídia Lídia Fernandes Coordenadora MUSEU DE LISBOA - Teatro Romano Rua de São Mamede nº 3A · 1100-532 Lisboa T +351 215 818 530 (Chamada para a rede fixa nacional) De: archport-bounces@ci.uc.pt <archport-bounces@ci.uc.pt> Em Nome De vasco gil mantas Boa tarde! Mais do mesmo. O Património só é Património quando convém....às vezes até é Padrimónio! Claro que o dinheiro é importante para todos, mas devemos procurar a resposta à velha pergunta: interessam os vestígios do passado - ou já anda tudo envergonhado com a História? Estão a acontecer coisas parecidas noutros locais do Alentejo -essa região que é preciso preservar de tentações modísticas e descaracterização acelerada. Foi o que sucedeu com o quase mítico, direi, Café Águias d`Ouro, em Estremoz, fechado por não oferecer condições de segurança. E então? Não há nada a fazer? Boa semana! Vasco Gil Mantas |
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