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Afigurando-se-me, caríssima(o)
archportiana(o), que o texto em anexo pode deter interesse para a comunidade
arqueológica nacional, tomo a liberdade - com a devida vénia - de a divulgar,
para os efeitos que cada um houver por convenientes.
Mui cordialmente J. d'E.
---------- Original Message ---------------------------------- From: "jemateus" <jemateus@netcabo.pt> Date: Mon, 14 Jun 2004 19:50:20 +0100 Apelo a todos os arqueólogos e estudiosos do
Património
Colegas e amigos
Junto em anexo a carta-aberta que enviei a Sua Excelência o Ministro da
Cultura onde se propõe a criação do Programa Nacional de Arqueociências e do
Território Antigo, perspectivando a continuidade do CIPA.
Foi acompanhada de uma missiva pessoal onde se lê:
".Faço notar que esta proposta é estritamente de índole pessoal, inspirada
pelo facto de ter coordenado o programa CIPA e o seu antecessor imediato, e
sublinho que não traduz senão a minha modesta opinião, não veiculando à partida
nenhuma tomada de posição colectiva.".
Esta iniciativa surge como uma tentativa de ultrapassar o impasse que
actualmente se vive, fruto da incapacidade da presente Direcção do IPA em
assumir o original compromisso da criação do Centro de Investigação.
A actual Direcção do IPA tem anunciado a intenção de substituir o presente
programa para a criação do Centro de Investigação em Paleoecologia Humana e
Arqueociências (PROGRAMA CIPA), por algo indistinto, vagamente designado por
"Laboratórios de Arqueociências do IPA" que se prefigura como um simples
conjunto de Laboratórios de Apoio Técnico aos arqueólogos, porventura seguindo o
modelo do presente núcleo de Paleobiologia Humana onde se pretende abandonar as
perspectivas da Investigação Avançada, em prole da simples prestação de serviços
de apoio.
Embora se compreenda que, na panorâmica global do País, o papel
preponderante da Universidade de Coimbra como centro de Investigação em
Paleobiologia Humana possa tender a subalternizar o papel deste núcleo do IPA (o
único sem cientistas-doutorados), fazemos notar que no resto do Programa CIPA,
prevalece uma aposta e um nível de desenvolvimento e concretização
técnico-científica de excelência e simultaneamente de carácter único em
Portugal, que urge defender.
A ideia de reduzir o papel das Arqueociências a simples aspectos de apoio
técnico aos arqueólogos, não reconhecendo a Ciência do Território Antigo, a
Paleoecologia Humana, ou a Arqueologia Ambiental como disciplinas científicas
íntegras, co-participantes da pluralidade da ARQUEOLOGIA, é antiga, embora
parecesse já erradicada num país que aspira pela Ciência Arqueológica como motor
principal do desenvolvimento do nosso Património.
As justificações agora dadas evocam limitações financeiras, e o medo, que
se alimenta do "bairrismo" institucional com horror às Universidades, aos
Politécnicos, ao IPPAR, ao IPM, e à totalidade do País Arqueológico que
temos.
Reconhecemos que estas razões são francamente insuficientes. O CIPA
interessa ao IPA mas também ao IPPAR e ao IPM, o que potencia o triplicar da sua
base de sustentação financeira. Acreditamos ainda no benefício de futuros
protocolos com as Universidades e Politécnicos e apelamos à co-participação do
Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Foi este o sentimento colectivo que
ficou expresso durante as Jornadas de Arqueociências de Dezembro, onde ficou
patente a necessidade de dar primazia às "redes de cooperação", e à "partilha de
equipamentos".
O caminho que todos percorremos há décadas não tem sido fácil, e todos
sentimos hoje, neste país adiado, que é tempo de cerrar fileiras pela defesa do
que nos orgulhamos de colectivamente termos posto de pé, ao serviço de
todos.
Apelo aos meus colegas e amigos que nos venham apoiar neste reafirmar de
princípios, para que o Sr. Ministro da Cultura possa vir a compreender até onde
já chegámos, e até onde é ainda preciso ir, esperando que venha a responder
positivamente aos justos ensejos de todos nós.
Lisboa, 6 de Junho de 2004
José Eduardo Mateus,
coordenador do
Laboratório de Paleoecologia do Museu, Nacional de Arqueologia (promovido
por Francisco Alves)
coordenador do
Laboratório de Paleoecologia do Museu, Laboratório, e Jardim Botânico /
Museu, Nacional de História Natural (promovido por Fernando Catarino)
Ex-coordenador do
Centro de Investigação em Paleoecologia Humana e Arqueociências do IPA
(promovido por João Zilhão e Monge Soares)
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