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Eu concordo que se não nos queixarmos as coisas nunca mudam, mas não me parece devamos enviar as queixas para a CML, onde as pessoas estão geralmente entrincheiradas em lugares políticos (muitas vezes por inerência) e na maioria das vezes absolutamente nas tintas para nós. Aqui nos EUA, onde os políticos estão em Washington, aconchegadinhos e protegidos da populaça por polícias e militares, e já só falam com os jornalistas para orquestrar "fugas de informação", as pessoas reagiram organizando-se em grupos que inundam as caixas de correio de jornalistas, previamente seleccionados, com emails (geralmente o mesmo texto, ou variantes de um mesmo texto). :-) Mas a organização de grupos cívicos dá trabalho... :-) Filipe Castro -----Original Message----- From: Luís Seabra Lopes [mailto:lsl@det.ua.pt] Sent: Thursday, December 29, 2005 11:45 AM To: Filipe Castro; 'Pao Becel'; archport@lserv.ci.uc.pt Subject: Re: [Archport] É muito triste! > as pessoas lêem pouco, vão pouco ao cinema, vão pouco ao > teatro, vão pouco aos museus, preferem não pensar em coisas > complicadas e elegem populistas sem convicções nem ideais > mas que lhes apresentam o mundo a preto e branco ( e lhes > constroem estádios de futebol!). Caro Filipe Castro, o problema é essencialmente este. O resto vem por arrasto. Aliás, dentro do seu diagnóstico ainda destaco a parte que diz: "as pessoas (...) preferem não pensar em coisas complicadas". A partir daqui vem acomodação a mais, burocracia a mais, má gestão a mais, organização a menos, investigação a menos, cultura a menos, memória colectiva a menos, etc. etc. e portanto, progresso a menos, desigualdade social a mais, etc. etc. Sem querer parecer fatalista, acredito que cada povo, como cada pessoa, tem o seu próprio ritmo. Nós estamos em ritmo lento .... é a vida, paciência! Mas se esta visão custa a aceitar, então cada um tem que dar o seu melhor -- e sem fugir aos pensamentos complicados, porque é daí que vem a diferença. De resto, considero que carpir mágoas é contra-producente, porque ajuda a generalizar a ideia de que o cidadão comum nada pode fazer, o que muitas vezes não é caso. Aliás, o título da mensagem do Rogério Eustáquio ("É muito triste!") é tipicamente português, pois reflecte a impotência que ele sentiu perante o problema (mesmo apesar de ele próprio não se ter resignado, contactando o IPPAR). Um britânico diria talvez de forma menos resignada: "É inaceitável", ou "É intolerável" ... ou ainda "Isto não pode estar a acontecer". De qualquer forma, felicitações ao Rogério Eustáquio pelas diligências tomadas e pelo alerta aqui deixado. Neste caso concreto: Há algum endereço para onde se possa enviar um pedido de explicações sobre a incúria do estado e da CMLisboa neste processo / ou para exigir medidas para inventariar e salvar o que for possível? Enviar o alerta para a comunicação social? Outras sugestões? As instituições precisam de ser pressionadas para funcionar. A pressão depende de todos nós. Cumprimentos, Luís Seabra Lopes
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