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Clara, sem dúvida que o património aqui em causa é Almeida
Garrett, com já disse anteriormente a casa não apresenta grande valor arquitectónico. A questão que agora ponho é a seguinte, ambos sabemos que a
casa onde viveu apenas 1 ano dos seus 55, mas e onde permaneceu antes? Os outros
54 anos? Sabemos porque é o que os livros nos contam, e daqui a uns anos,
quando (possivelmente ou não) tivermos uma atitude diferente perante a interpretação
do património? Este não é o único imóvel que nos transporta par o seu dia a dia
a sua vivência, fora literatura? Autenticidade é do que falo, o contacto com o passado “vivo”.
Certamente existem por ai muitos “edifícios Almeida
Garrett”, se a expressão me é permitida. Todavia isso não implica que se
continue com a mesma atitude. Em relação a essa exposição, realmente é deveras
interessante e espectacular, obrigado pela informação. João Marreiros De:
archport-bounces@lserv.ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@lserv.ci.uc.pt] Em nome de Clara Vaz Pinto Caro Vasco Gil Soares Mantas, note que
ainda ninguém, nesta lista, pôs a figura da Almeida Garrett em causa, quer
como vulto da literatura portuguesa, quer como figura do seu tempo. E se
o foi! E, tendo-o sido e vivido da forma como
Almeida Garrett viveu, a melhor forma de o divulgar, de dar a conhecer a sua
obra é preservando a morada em que viveu 1 único ano dos 55 de vida que gozou?
A sua última casa de Lisboa, num percurso que começa no Porto e segue pelo país
e pela Europa? Não conheço a casa e talvez uma homenagem
deste tipo vá com o lado "estético" da figura, não importando, João
Marreiros, se a casa era dele, se alugada. Um país não
fica velho nem novo por conservar uma casa velha ou por a deitar abaixo mas
sim, parece-me, se o percurso de um homem de ontem servir para nos fazer
reflectir sobre o percurso de hoje, se as casas onde viveu servirem não para
serem vistas, mas para nos fazerem ver o que ele viu e compreendermos melhor a
sua acção, a sua obra e a sua época. Se pensarmos, se nos ajudar a
pensar, a compreender ... Um país fica
velho ou fica novo consoante os projectos que faz e como os faz. Ocos ou plenos? Salvamos
paredes por uma das muitas vidas que acolheram, mas vazias ou enchemo-las, ali
ou noutro qualquer espaço, da vida e memória de um homem. E assim,
enchemos a nossa vida e construímos memórias? Repito, o
projecto parece-me curto. Porque, nesta questão, o património não é a
casa. O património é Almeida Garrett, a sua vida e a sua obra. Onde está? E permitam-me
ainda mais uma coisa: a Assembleia da República apresenta uma exposição de
obras da colecção de Serralves. Visitem-na. Na Biblioteca
encontrarão 3 garrafas de vidro de Coca-Cola, antigas, com liquido em 3 níveis
diferentes. A exposição é
de arte contemporânea. O extraordinário daquelas 3 peças é que têm
mensagens de teor político gravadas no vidro e assim circulavam
quando cheias. Nunca conseguiram apanhar, na fábrica brasileira (salvo
erro!), quem fazia as gravações. Deixo-vos a
pergunta: é esta a colecção certa para estas 3 garrafas? Cumprimentos clara vp |
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