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Como creio se terá compreendido, o meu intuito não era polemizar nem
limitar o seu legítimo direito de expressão, que, como reconheci, pode ser
perfeitamente fundamentado (infelizmente!). E muito menos escamotear uma
situação que todos sabemos ser anormalmente frequente no nosso país, onde a
cunha é quase uma idiossincrasia nacional. Farto de ser tantas vezes estigmatizado pela condição de funcionário
público, apenas exprimi a minha também legítima discordância com a
generalização implícita na sua mensagem, e com a conclusão que dela se extrai. Quanto à primeira, já disse o que tinha a dizer. E esclareço que não pretendi
defender genericamente o município onde trabalho, que, porventura, não será nem
melhor nem pior que outros. Pretendi sim defender-me enquanto profissional e chamar
a atenção para o que se esquece com tanta facilidade: creiam ou não, há gente
honesta e responsável na Função Pública. Serão muitos ou poucos? Creio que
ninguém terá dados para dizê-lo, mas eu conheço vários e faço por me incluir
nesse grupo. Quanto à segunda, repito, tem de valer a pena reclamar! Se perdermos
essa esperança, que resta então? Acomodarmo-nos à situação e procurar a nossa
própria cunha? Mas, mais do que esperança, continuo a acreditar que há razões
objectivas: aos interessados assiste o direito legal de consulta a todas as
actas e outros documentos relativos a determinado concurso, e, se é verdade que
é o próprio júri quem, numa primeira instância, julga eventuais reclamações,
também é certo que a sua decisão é passível de recurso hierárquico e, se
necessário, para o Supremo Tribunal Administrativo. Será uma perda de tempo e dinheiro? Depende da razão que nos assistir e
da capacidade que tivermos para a sustentar processualmente. Compreendendo a angústia em que por vezes nos vimos mergulhados (como
cidadão, também sou obrigado a recorrer frequentemente a outros serviços públicos),
só me resta desejar-lhe melhor sorte no futuro, a si e a todos os que venham a
encontrar-se nas mesmas circunstâncias. Jorge Raposo |
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