[Archport] Empresas de Arqueologia
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To:
archport@lserv.ci.uc.pt
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Subject:
[Archport] Empresas de Arqueologia
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From:
"Ana Duarte" <aduarte79@gmail.com>
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Date:
Sun, 24 Sep 2006 21:34:26 +0100
Boas noites!
O meu nome é Ana Sofia, sou arqueóloga e, venho por este meio dar a minha opinião sobre a questão que se levantou ( e a forma como se levantou ) relativamente às empresas de arqueologia.
Em primeiro lugar acho que há aqui muitas coisas a ter em conta. Na minha opinião, e sei que não sou a única a pensar desta forma, existem várias coisas, no momento, a falhar nas empresas de arqueologia em Portugal...e estaria a ser hipócrita se dissesse o contrário. Mas, temos que ter em conta duas situações distintas: uma coisa é ir trabalhar para uma empresa, consciente das condições que me oferecem (porque temos sempre a oportunidade de dizer "não" e de procurar outos trabalhos), outra coisa é ir trabalhar para uma empresa, consoante determinadas condições e estas não serem cumpridas. E aí sim, acho que não nos podemos calar e temos obrigação de reclamar por aquilo que nos "prometeram" e a que temos direito.
Mas as coisas nem sempre são tão simples como parecem e infelizmente o mundo arqueológico parece-me cada vez mais pequeno...Não quero com isto dizer que aprovo a forma como esta discussão aqui se lançou, mas...o que é certo é que nunca sabemos o dia de amanhã, não sabemos se se falarmos hoje, se teremos trabalho amanhã...é um pouco triste e talvez o interpretem como cobardia, mas é esta a verdade. Mas, o que é certo é que existem falhas, graves, dentro das empresas de arqueologia e que acho realmente que estas deviam ser vistas e discutidas com atenção, mas...se possível, de uma forma mais legítima. O que eu quero dizer com isto, é que talvez estivesse na hora de surgir um organismo...associação ou sindicato, que estipulasse dentro da arqueologia algumas regras base...que exigisse um tabelamento de preços de trabalhos (mesmo que esse partisse de cada empresa), que fiscalizasse a forma de administração de cada empresa; os prazos de pagamento e condições dadas, e onde acima de tudo, pudessemos recorrer abertamente e não de forma anónima para expor qualquer questão que nos surgisse (desde as questões mais práticas, às questões juríricas, económico-financeiras, etc. relativas à nossa actividade). Acho que, seria...antes demais, um começo para a melhoria da situação existente.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Sofia Duarte