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Caríssimos: Expressando a minha opinião relativamente à polémica suscitada em torno dos direitos dos profissionais de arqueologia, subscrevo a mensagem do Prof. Encarnação, pela sua sensatez, em relação a um conjunto de declarações difamatórias, como o são legalmente todas as que não carecem de prova directa. A minha indignação é isenta, na medida em que nunca trabalhei em quaisquer empresa de arqueologia nem tenho relações profissionais ou pessoais, directas ou indirectas, com as pessoas envolvidas. A minha leitura é que as parcas condições de trabalho resultam única e simplesmente... do mercado, de haver um claro excesso de profissionais relativamente às ofertas de emprego, e de persistir uma mentalidade muito à portuguesa, totalmente salazarista (embora se julgue o contrário), de que todos temos direito a um emprego para a vida, das 9 ás 5, ganhar muito bem, gastar ainda mais, de preferência trabalhar para o estado, esse protector...a bem da nação. Enquanto esta mentalidade persistir, e a cegueira nos faça pedir mais direitos negligenciando os deveres e a ética profissional, continuaremos na cauda da Europa. É precisamente o peso excessivo do estado e dos seus defensores, vulgo sindicatos e demais, que arrasta as burocracias dos concursos públicos e toda a corrupção aliada, que existe e é real. Porque se os concursos fossem objectivos e quantitativos, se o estado escolhesse efectivamente os melhores currículos, como o fazem as empresas...mas claro que nunca o poderia fazer, porque estes senhores clamariam logo a favor dos direitos dos outros concorrentes, coitadinhos...porque têm menos mérito profissional mas também direitos... É uma bola de neve. São obscenos os ordenados baixos que os licenciados e mestres auferem em Portugal, na área das ciências humanas. Mas só dinamizando o mercado - e é uma grande vantagem a arqueologia ter um sector empresarial em crescimento - é que se poderá efectivamente negociar condições e vencimentos. Para todos os que se julgaram lesados com situações profissionais negativas, recomendo que recorram às instâncias competentes - os tribunais. É para isso que existem. Parece-me muito bem formarem um sindicato de arqueólogos. Sempre cria mais postos de trabalho...ah, julgavam que estes senhores viviam do ar? e trabalhavam por amor à arte e aos direitos dos trabalhadores? de onde julgam que provêm os chorudos ordenados que normalmente auferem? Deixem-se de coisas, trabalhem e deixem trabalhar os outros. Maria Araújo
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