Perdoa-me,
Jorge, mas acho que este teu testemunho deve ser divulgado – com tua licença! Jeannette
(como nós sempre a tratámos!...) faleceu com 85 anos. E acredita que acertaste:
em jovem, foi… modelo! Um
abraço, irmanados na saudade de uma grande Senhora! J. d’E. P. S.:
No sábado, 9, pelas 9.30 h., haverá um ‘encontro’ de saudade na
Quinta da Fonte, onde Jeannette passou os últimos tempos. Fica na Rua Bento
Carqueja, De:
jpsc@sapo.pt [mailto:jpsc@sapo.pt] Dr. Encarnação Tive o prazer de
conhecer essa grande senhora, na Vidigueira, nas escavações de S. Cucufate.
Para além de cientificamente notável, era uma pessoa de cultura, humanidade,
simplicidade e curiosidade contagiantes. Recordo-me muito bem das excelentes
conversas que mantive com ela (era eu um miúdo e ela já uma sénior) sobre
musica, arte, património e também sobre o Alentejo, de que era uma grande
apaixonada. Uma pessoa sem idade, de quem se gostava naturalmente e ao primeiro
contacto. E em jovem, foi certamente uma arrasadora “brasa”. Deve ter tido uma
vida cheia e, pelos meus cálculos, bastante longa. Terá certamente o lugar
especial, que merece, na memória dos que a conheceram. Obrigado pela
informação que sistematicamente nos presta, em particular esta, que me toca
particularmente. Jorge Cruz De:
archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de José d'Encarnação JEANNETTE
ULRICA SMIT NOLEN
Faleceu esta manhã, dia 6 de Janeiro, em S. Pedro do Estoril, na casa de
repouso onde se encontrava, a Dra. Jeannette U. Smit-Nolen.
Holandesa de nascimento, esteve muitos anos nos Estados Unidos, mas foi em
Portugal, nomeadamente na sua casa em Janes (Cascais), que viveu a maior parte
do seu tempo Era viúva de William Nolen, que foi leitor de Inglês na Faculdade
de Letras de Lisboa.
O seu nome está intrinsecamente ligado à Arqueologia portuguesa, porque
integrou a equipa de escavações luso-francesas de Conímbriga; os trabalhos na
necrópole romana de Santo André (Montargil) e as campanhas de escavação na villa romana de S. Cucufate. Foi membro-fundador
do Grupo de Amigos do Museu Naciopnal de Arqueologia, de que chegou a ser
presidente e foi membro-fundador também da Associação Cultural de Cascais, em
que integrou os corpos sociais, durante vários mandatos.
Foi de sua preferência o estudo dos vidros romanos, de que nos deixou vários
artigos e recordo que tinha em estado bastante avançado o inventário dos vidros
de Tongobriga (Freixo, Marco de
Canaveses), cujo dossiê entregou
a partir do momento em que verificou não se sentir já com forças para o levar a
cabo.
Dos estudos a que o seu nome particularmente ligado são de mencionar, entre
outros: Cerâmicas e Vidros de Torre de Ares
– Balsa, Lisboa, 1994; os estudos sobre o recheio do Museu de
Vila Viçosa (a que mui devotadamente se dedicou durante vários anos); Cerâmica Comum de Necrópoles do Alto Alentejo,
Fundação da Casa de Bragança, Lisboa, 1985; «Acerca da cronologia da cerâmica
comum das necrópoles do Alto Alentejo: novos elementos», O Arqueólogo Português, Lisboa, série IV,
13/15, 1995-1997, pp. 347-392; «A necrópole de Santo André, parte II. Os
materiais», Conimbriga 20, 1981,
pp. 5-180 (de colab. com Maria L. Dias); «A villa
romana do Alto do Cidreira (Alcabideche – Cascais) – Os materiais»,
Conimbriga 27 1988 61-140.
Que descanse em paz quem foi sempre uma trabalhadora incansável, sempre pronta
a colaborar, duma natural afabilidade.
José d’Encarnação ............................................ Professor Doutor José d'Encarnação R. Eça de Queirós, 89 PAMPILHEIRA P - 2750-662 CASCAIS Tel. (+351) 214 866 409 TM: (+351) 96 302 34 10
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