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[Archport] Fw: Circular nº4 (revista) do IPA

To :   "ARCHPORT" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Fw: Circular nº4 (revista) do IPA
From :   "UNIARQ ALFA" <vsg@fl.ul.pt>
Date :   Wed, 31 Jan 2007 14:22:42 -0000

 
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, January 31, 2007 12:07 PM
Subject: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA

Se me desculpa a resposta básica sobre as garantias de durabilidade de papéis e tintas, eu diria: e quem nos garante que não saímos amanhã de casa e nos cai um piano velho em cima? E não é por isso que ficamos fechados em casa...
O que está em causa na circular do IPA não é «dificultar a vida às empresas», é o controlo a montante da qualidade do registo de memória. O que acontece depois, no Arquivo de imagens, é outra coisa, completamente diferente, mas que depende da primeira. Ou se quiser: o CD (putativamente obsoleto num tempo próximo) é apenas o veículo das imagens originais para o Arquivo do IPA que, esse sim, não deve ser ultrapassado por meios de conservação de imagens futuros. Mas isto já não é directamente connosco.
Há claramente duas coisas em discussão. A primeira diz respeito às imagens impressas ou à relação papel-tinta (tenho livros com 50 anos quase ilegíveis e um belo desenho do Cutileiro completamente castanho pela oxidação do papel...). A segunda tem que ver com material arquivável, obrigatoriamente fornecido com a máxima qualidade, em suportes eventualmente de média duração, a transferir pelo IPA para suporte definitivo. E essa é a responsabilidade da tutela.
Não voltarei a discutir este tema aqui, mas penso útil que a APA acorde da sua letargia e convoque uma reunião para debatermos, entre outras, questões gráficas.
Cumprimentos
Victor S. Gonçalves
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, January 31, 2007 11:04 AM
Subject: RE: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA

De: UNIARQ ALFA [mailto:vsg@fl.ul.pt]
Enviada: quarta-feira, 31 de Janeiro de 2007 10:30
Para: ARCHPORT
Assunto: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA

Sem querer discutir as medidas terminais do IPA (talvez fosse melhor esperar tempos próximos para iniciativas gerais e de pormenor), não posso deixar de manifestar o meu apoio genérico à circular, que me parece ainda demasiado tolerante. Com efeito, para arquivo fotográfico 10x15 cm a 300 dpi é o mínimo que se pode exigir (convém recordar que 15 cm é a largura da mancha de uma publicação A4, pelo que a imagem pode assim vir a ser reproduzida sem «grão»). O que me parece faltar na circular (ainda que não a tenha lido toda): é ainda a especificação que os ficheiros deveriam ser apenas aceites nos formatos de origem .raw ou .tif. O tão apreciado .jpeg não tem a qualidade mínima para arquivo e reprodução e só é usado por alguns arqueólogos por o acharem «muito leve».
Aos organismos da tutela cabe justamente determinar as regras do jogo, fundamentando-as, é claro. Já a impressão em papel «de alta qualidade» parece francamente despropositada, por indefinida. Se a gramagem e as características do papel fossem indicadas (peso, brilhante, não brilhante...) seria um pouco diferente e não haveria o subjectivismo óbvio.
De qualquer forma, as imagens fotográficas são indispensáveis, as impressas para se avaliar o Relatório, as gravadas em CD ou DVD, ou qualquer outro suporte digital, como forma de preservação da memória de campo. E já agora: não é verdade que as impressões durem 20 anos...Há tintas da Epson que estão garantidas para 100 anos, talvez mais do que o planeta dure...E os suportes digitais, que têm duração longa, mas limitada, têm versões optimizadas para arquivo...
 
Como pode a epson garantir que as suas tintas duram 100 anos se os papeis onde as mesmas são utilizados podem não durar tanto tempo ? Onde existem testes reais feitos que nos garantam essas informação? Tal como o suporte de armazenamento, quem nos garante que os cd e/ou os dvs serão lidos daqui a 20 anos ? Quem não se lembra das disquetes de 8'' das disquetes de 5/4'' das disquetes de 3/5 '' que estão a desaparecer.
 
Eu se fosse responsável pela gestão de um arquivo estaria preocupado. No caso da empresa para onde trabalho o espolio fotográfico é arquivado de forma sistemática em diferentes formatos, e quando vez que surge um novo  formato é feita uma copia para esse novo formato. Por exemplo temos neste momento um arquivo fotográfico de quase 8 terabytes ( as imagens são guardadas em formato raw ou tiff) e essa informação esta dividida por 2 servidores de disco rígido, e por uma enorme colecção de cd e dvs. Todas as imagens estão catalogadas numa base de dados e na aplicação que usamos para gerir a intervenções feitas pela a empresa.
 
 
Ricardo Abranches

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