Uma das mais de 300 mil peças recuperadas hoje
pela Guarda Civil espanhola em rusgas contra uma rede de tráfico de
objectos arqueológicos estava preparada para ser enviada para a Holanda,
via Faro, disse fonte policial.
Afirmando desconhecer se há ou não portugueses
envolvidos na rede, fonte da polícia espanhola referiu à Lusa que a peça
foi encontrada numa rusga em Huelva e estava prestes a seguir para o
aeroporto algarvio.
"É possível que haja estrangeiros envolvidos na
rede. Mas as investigações ainda estão em curso. Novas detenções podem
ainda ocorrer", afirmou a mesma fonte, explicando que a Guarda Civil está
já em contacto com a Interpol no intuito de seguir pistas de algumas peças
e intermediários no estrangeiro.
A peça em causa foi recuperada
durante rusgas levadas a cabo hoje pela Guarda Civil que resultaram na
detenção de 52 pessoas em várias províncias do país por alegado
envolvimento numa rede de tráfico de objectos arqueológicos.
Fonte
policial disse à Lusa que a operação, a maior do género no mundo, envolveu
a detenção de 30 exploradores arqueológicos, 13 comerciantes e
intermediários e nove coleccionistas.
Entre os detidos está um
italiano que foi encontrado na posse de moldes para falsificar moedas
antigas.
Um porta-voz policial disse aos jornalistas que o valor
histórico e artístico das peças é "incalculável" e que muitas são dignas
de estar nos Museus Nacionais.
Uma das peças encontradas quando
estava prestes a ser vendida, tinha sido avaliada em mais de 40 mil
euros.
As peças encontradas incluem exemplos da pré-história e da
Idade Médica .
As detenções ocorreram durante quase 70 rusgas em
Madrid, Barcelona e na Andaluzia.
A rede envolve exploradores,
intermediários e coleccionistas, entre os quais alguns "com uma situação
económica alta" que compravam peças de "grande valor", segundo a Guarda
Civil.
Entre os detidos figuram vários médicos, responsáveis de
cinco lojas de numismática.
A Guarda Civil mostrou já à imprensa
alguns dos objectos encontrados numa das rusgas, levada a cabo em Sevilha,
entre os quais moedas, colunas, estátuas de bronze e ânforas de mais de um
metro de altura.
Em alguns casos de rusgas a domicílios, a polícia
não teve sequer meios suficientes para transportar todas as peças
transportadas, dado o seu elevado número e tamanho, tendo que encerrar os
locais que ficaram sob guarda.
A rede hoje desarticulada explorava
pelo menos 31 pontos arqueológicos em Badajoz, Sevilha, Cádiz, Málaga,
Huelva e Jaén, segundo as autoridades.
7
de Fevereiro de 2007 | 13:32
Lusa
Faro
na rota de arqueologia roubada
07-02-2007
15:08:00
Peças
da pré-história e da Idade Média foram hoje recuperadas, pelas autoridades
locais, em Espanha. Uma dessas peças estava preparada para ser enviada
para a Holanda, via Faro.
A peça em
causa (das 300 mil que foram resgatadas) foi recuperada durante uma das 70
rusgas levadas a cabo hoje pela Guarda Civil.
A operação
resultou na detenção de 52 pessoas em várias províncias do país, por
alegado envolvimento numa rede de tráfico de objectos arqueológicos,
adiantou a agência Lusa.
Fonte
policial disse à Lusa que a operação, a maior do género no mundo, envolveu
a detenção de 30 exploradores arqueológicos, 13 comerciantes e
intermediários e nove coleccionistas.
A rede
envolve exploradores, intermediários e coleccionistas, entre os quais
alguns "com uma situação económica alta" que compravam peças de "grande
valor", segundo a Guarda Civil.
Afirmando
desconhecer se há ou não portugueses envolvidos na rede, fonte da polícia
espanhola referiu à Lusa que a peça foi encontrada numa rusga em Huelva e
estava prestes a seguir para o aeroporto algarvio.
"É possível
que haja estrangeiros envolvidos na rede. Mas as investigações ainda estão
em curso. Novas detenções podem ainda ocorrer", afirmou a mesma fonte,
explicando que a Guarda Civil está já em contacto com a Interpol no
intuito de seguir pistas de algumas peças e intermediários no
estrangeiro.
A Guarda
Civil mostrou já à imprensa alguns dos objectos encontrados numa das
rusgas, levada a cabo em Sevilha, entre os quais moedas, colunas, estátuas
de bronze e ânforas de mais de um metro de altura.
Em alguns
casos de rusgas a domicílios, a polícia não teve sequer meios suficientes
para transportar todas as peças transportadas, dado o seu elevado número e
tamanho, tendo que encerrar os locais que ficaram sob
guarda.
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