É ainda mais interessante verificar
no anúncio em questão, divulgado por Adriana Guerra, que são várias moedas "A
grande variedade de datas e origens das moedas é apaixonante". Ora vamos lá
pensar - variedade de datas e origens de valores, numa única embarcação que
se encontra no segredo dos deuses, desconhecida por todos e em território de
ninguém!!!! Desculpem mas cheira-me a tentativa de legalização de várias
pilhagens a várias embarcações que vêm agora a público para venda, sem que os
seus "exploradores" (tal como se designam) possam vir a ser
punidos.
Na realidade torna-se cada vez mais
imprescindível uma consciencialização cívica para a protecção do património
subaquático.
As pilhagens que se assistem em todo
o mundo (e não excluam o que se passa em Portugal, não nos podemos esquecer da
quantidade de coleccionadores que possuem a casa repleta de artefactos) são
exemplo disso. É conveniente, cada vez mais, haver uma abertura à verdadeira
investigação científica incluindo nelas elementos locais que possam servir
como potenciais protectores destes meios.
A comunidade cientifica deverá pois
aproveitar esta viragem da Instituição que regulamenta os trabalhos
arqueológicos para encontrar soluções que permitam criar as estruturas de base
para uma maior salvaguarda e investigação.
Alexandra Figueiredo
(IPT)
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Original Message -----
Sent: Saturday, May 19, 2007 8:42
PM
Subject: Re: [Archport] Tesouros e
Arqueologia Subaquática
Não é arqueologia, nem são salvados marítimos, é pura caça ao tesouro. O
único ponto positivo nisto tudo é o facto de, sendo tantas e iguais, cada
moeda se depreciar até atingir o valor do seu peso em metal... logo não serão
os tais 500 milhões.
Relembro que esta empresa andou a rondar
Portugal, aquando do famigerado decreto lei 89/93 e que a nova Convenção do
Património Cultural Subaquático, não impedindo que se faça caça ao tesouro
em águas internacionais, permite que os países de onde são oriundos
os caçadores ou onde se pretenda armazenar e/ou alienar o espólio recolhido,
os possa penalizar / punir.
Relembro igualmente que a questão da origem do naufrágio não é
despicienda: a Espanha já levou a tribunal uma empresa que pilhou
dois naufrágios espanhóis (as fragatas Juno e La Galga) em águas
norte-americanas - e ganhou.
Em 19/05/07, vasco mantas <
vgmantas@yahoo.com> escreveu:
>
> Caros Archportianos e caras Archportianas
>
> Nova grande descoberta subaquática a Sudoeste da costa inglesa!
Milhares de moedas de prata e de ouro recuperadas, através de uma operação
rodeada de total secretismo, pela empresa Odissey Marine Exploration (nem
sequer se conhece o tipo de moedas, nem a identidade do navio, talvez do
século XVII). Mas o valor já foi anunciado pelos operadores: 500 milhões de
dólares!
> A operação é designada como salvage. Creio que savage seria
mais correcto. Isto é arqueologia? Triste mundo e pobre sociedade em que se
confunde ciência com lucro.
>
>
Vasco Gil Mantas (FLUC)
>
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