Re: [Archport] Sobre las "seteiras" de Los Millares y Zambujal, etc. - agrade ç o publica çã o nas vossas listas.
Title: Re: [Archport] Sobre las "seteiras" de Los Millares y Zambujal, etc. - agrade ç o publica çã o nas vossas listas.
Sim, mas aí remeto para o especialista, Prof. Mário Barroca. Não me alongo sobre o que não estudei, apenas aprendo mesmo quando estou numas provas de agregação como parte do júri – e ainda bem!
Apenas queria referir na minha curta postagem que a história mais recente nos dá pistas para a menos recente...
É óbvio que mesmo para a Idade do Ferro muitos hill-forts ingleses estão agora a ser reinterpretados... A função defensiva não era a mais importante. Sobre isso tenho alguma bibliografia e é um tema de momento no Reino Unido.
Mas isto não quer dizer que as pessoas se não guerreassem. Estou convencido de que a nossa espécie é das mais guerridas de todas. Mas como também não sou etologista...
Saudações cordiais
Vitor O. Jorge
On 14.06.07 15:42, "Alexandre Monteiro" <alexandre.monteiro@gmail.com> wrote:
Por isso mesmo disse que, quanto a Millares, não sabia. Apenas tentei re-interpretar a sua afirmação de que:
"Mas o curioso é que, mesmo em muitos sítios ou sub-estruturas de sítios (chamemos-lhes assim) medievais, como as torres de menagem, se começa a compreender que elas tinham um carácter não só defensivo, como essencialmente simbólico (a imponência); que muitas nem carácer defensivo podiam ter; e que as seteiras, para o ser, teriam de ter determinado espaço associado a cada uma: campo de tiro (espaço onde pudesse estar um homem a disparar) e campo de mira (espaço para onde o qual um homem disparava)."
Em 14/06/07, Vítor Oliveira Jorge <vojorge@clix.pt> escreveu:
Bestas em pleno calcolítico?!
Estamos a falar do IV-III-II mils a. C....
Cordialmente
Vitor O. Jorge
On 14.06.07 15:04, "Alexandre Monteiro" <alexandre.monteiro@gmail.com> wrote:
Essa hipótese - a das seteiras não serem 'funcionais' porque não permitiriam o uso de um arco - cai por terra se considerarmos que os defensores usariam bestas, logo não precisariam do espaço de manobra exigido por um arqueiro. Afinal, as bestas, irmãs mais antigas e de bem menores dimensões que as suas confrades romanas balistas, andam por aí desde talvez o século IV a.C., estando muito bem representadas, por exemplo, no exército chinês de terracota:
www.atarn.org/chinese/images/xbowman.jpg <http://www.atarn.org/chinese/images/xbowman.jpg> <http://www.atarn.org/chinese/images/xbowman.jpg> <http://www.atarn.org/chinese/images/xbowman.jpg>
http://www.atarn.org/letters/letter_summaries.htm#hanxbow <http://www.atarn.org/letters/letter_summaries.htm#hanxbow>
Os helénicos usavam engenhos similares - os gastraphetes - desde talvez o mesmo século e, daí, com a posterior helenização do Mediterrâneo, quem sabe... portanto, não me choca nada que na Idade Média - quiçá em épocas bem mais recuadas - as seteiras fossem completamente funcionais, desde que dotadas de besteiros - os do conto, provavelmente, de que toda a gente se procurava eximir a servir.. quanto a Millares, já não sei..
Em 14/06/07, Vítor Oliveira Jorge <vojorge@clix.pt> escreveu:
seteiras... para tiros no pé
Mas o curioso é que, mesmo em muitos sítios ou sub-estruturas de sítios (chamemos-lhes assim) medievais, como as torres de menagem, se começa a compreender que elas tinham um carácter não só defensivo, como essencialmente simbólico (a imponência); que muitas nem carácer defensivo podiam ter; e que as seteiras, para o ser, teriam de ter determinado espaço associado a cada uma: campo de tiro (espaço onde pudesse estar um homem a disparar) e campo de mira (espaço para onde o qual um homem disparava).
Claro que há que, também aqui, ter em conta a complexidade do assunto.
Mas um arco pré-histórico não era um brinquedo; era um objecto grande. Exigia também ele espaço; e, para ser eficaz, nunca podia ser utilizado de dentro de um "bastião" através de uma "seteira" tipo Millares/Zambujal, para mais havendo uma série de aberturas desse tipo a curta distância umas das outras. A simples hipótese de tal acontecer é do domínio da comicidade, revela ou despoleta humor, para além de mostrar uma enorme falta de senso comum.--
Vítor Oliveira Jorge
Prof. Univ. Porto, Portugal; CEAUCP' s researcher
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