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From: Pedro
Barros
Sent: Tuesday, August 07, 2007 1:25 PM
Subject: Património: Igespar aprovou licenciamento de casa de férias
no núcleo histórico de Cacela Comunicado da Lusa:
Património: Igespar aprovou licenciamento de casa de férias no núcleo histórico de Cacela
Faro, Portugal 18/7/2007 15:14 Temas: arqueologia, arquitectura, cultura
O Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) autorizou recentemente o licenciamento de uma casa de férias junto à muralha islâmica do século X, em Cacela-Velha, Algarve. Contactado pela agência Lusa, o vice-presidente do Igespar, João Pedro Ribeiro, informou que a obra da casa no núcleo histórico de Cacela Velha tinha merecido um parecer positivo para avançar. Após análise ao projecto de licenciamento de construção de uma moradia em Cacela-Velha, verifica-se que "o mesmo procura responder ao entendimento de assegurar a preservação do troço da muralha islâmica detectado em 2004, minimizando o impacto da obra na referida estrutura", lê-se no parecer do Igespar enviado à Lusa. As alterações apresentadas ao projecto inicial da casa "permitem limitar a afectação da muralha às paredes exteriores da moradia" e a muralha ?fica assim preservada na sua quase totalidade, rebaixando-se na menor extensão possível a sua parte superior?, lê-se ainda no documento do Igespar. O Igespar acrescenta que informou há algumas semanas a proprietária e a Câmara de Vila Real de Santo António sobre a aprovação do projecto. "Entende que a obra deve ser licenciada nos moldes acordados, com o cumprimento das medidas de minimização determinadas". As modificações feitas ao projecto inicial do proprietário são a eliminação de um sanitário junto à muralha, a colocação de seteiras no muro para permitir visionar a muralha do exterior e o redesenho das escadas. O Igespar garante que a maior parte do traçado da muralha posta a descoberto ficará preservada sob a edificação. Confrontado com a alegada violação do Plano Director Municipal (PDM) que não permite construções de raiz na zona histórica de Cacela-Velha, o vice-presidente da Igespar desmente o facto. "Se houvesse violação o antigo IPPAR nunca teria dado uma autorização dessas [da construção de uma casa junto a uma muralha islâmica], nem a própria câmara", observou João Pedro Ribeiro. Se o PDM dissesse que não se podia construir em Cacela, a própria Câmara nem sequer podia admitir o processo de licenciamento, lembra o responsável, lembrando, contudo que se um cidadão entender que estão a construir uma casa que fere o PDM e que a autarquia está a ter uma interpretação errada, deve ir ter com o procurador. "Estou muito seguro de que fizemos os possíveis e os impossíveis para preservar aquilo que era de preservar, não impedindo que se fizesse a moradia, mas tentando compatibilizar isso".
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