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[Archport] Cova da Beira em livro - sábado, dia 29

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Cova da Beira em livro - sábado, dia 29
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Wed, 26 Sep 2007 20:03:44 +0100

Será lançado no próximo sábado, dia 29 de Setembro, pelas 18 horas, na sala polivalente da Biblioteca Municipal do Fundão, o livro Cova da Beira: Ocupação e Exploração do Território na Época Romana, da autoria de Pedro C. Carvalho, cujo trabalho original constituiu tese de doutoramento em Arqueologia apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Editado pela Câmara Municipal do Fundão e pelo Instituto de Arqueologia da FLUC, e contando com o apoio da ARA (Associação de Desenvolvimento, Estudo e Defesa do Património da Beira Interior), este livro será apresentado pelo Doutor Jorge de Alarcão. Na sessão de apresentação estarão também presentes o Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Dr. Manuel Frexes, a Directora do Instituto de Arqueologia da FLUC, Doutora Raquel Vilaça, e o Director do Museu Arqueológico do Fundão, Dr. João Rosa.

 

O arqueólogo e professor universitário Pedro C. Carvalho esboça, para esta região do interior norte da Lusitania, uma paisagem romana com contornos particulares, marcada tanto pela ausência de extensos e monumentais centros urbanos, como pela proliferação de pequenos e médios núcleos rurais de feição indígena. Ao mesmo tempo, e com base sobretudo nos trabalhos de campo (escavações e prospecções) desenvolvidos na Cova da Beira entre 2002 e 2005, o autor analisa outras componentes que estruturariam este território e caracterizariam as suas formações sociais, tendo sempre como cenário a debatida geografia política da região em época romana.

 

O Professor Jorge de Alarcão, no texto que prefacia o livro, começa por assinalar que este se inscreve, desde logo, numa tendência da arqueologia contemporânea que procura reconhecer os regionalismos e as diferenças (desta feita no mundo romano). Realça, depois, o facto de este estudo ?definir o que, no terreno, deve ser observado e medido e discute-se como e até onde é que podemos ir na classificação tipológica dos sítios que os vestígios superficiais indiciam em prospecção?. E acrescenta: ?Traz-nos ainda um modelo de seriedade na prospecção (e um rico inventário de sítios, muitos deles inéditos) e uma aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica (GIS) que é novidade em trabalhos de arqueologia romana publicados em Portugal?. Conclui a sua apreciação referindo que ?esta obra contribui decisivamente para a configuração do que deve ser o modelo de estudos regionais sobre o povoamento da época romana?.

 

Para os mais interessados, aqui fica o respectivo índice:

 

 

1.      Introdução  

2.      A Cova da Beira

2.1. O meio físico: geomorfologia e geologia

2.2. A paisagem actual: algumas notas acerca da organização do espaço

2.3. Do quadro geográfico à investigação arqueológica: apontamentos iniciais  

3.      Teoria e método

3.1. Do registo de campo à análise da paisagem: enquadramento teórico

3.2. Metodologia dos trabalhos de campo

3.2.1.      Da prospecção de superfície à interpretação dos dados

3.2.2.      A escavação: da estratégia geral de actuação ao registo e à interpretação dos dados

 

4.      O quadro territorial e político-administrativo

4.1. A Idade do Ferro e a problemática dos Lusitani

4.2. A conquista militar romana

4.3. Aspectos gerais da organização administrativa e territorial romana

4.4. As civitates: populus, res publica e territorium

4.5. A problemática das civitates dos Lancienses: localização e delimitação dos territoria

4.6. A rede viária como elemento territorial estruturante (e considerações adicionais acerca dos municipia referidos na inscrição da ponte de Alcântara)

 

5.      Os trabalhos de campo

5.1. As prospecções

5.1.1.      Fichas de registo

5.1.2.      Ficheiro de sítios

5.1.3.      Ficheiro de epígrafes

5.1.4.      Uma primeira análise global dos dados: alguns aspectos de ordem quantitativa

5.2. As escavações

5.2.1.      A quinta romana de ?Terlamonte I?

5.2.2.      O templo romano de ?Nossa Senhora das Cabeças? 

 

6.      O povoamento

6.1. Os aglomerados populacionais

6.1.1.      Das particularidades dos tipos de sítios à variabilidade das paisagens

6.1.2.      Alguns exemplos de povoamento agrupado na Beira Interior: tipos e características principais

6.1.2.1. Capitais de civitates

6.1.2.2. Vici e castella

6.1.2.3. Aldeias e lugarejos

6.1.3.      Estratégias de controlo territorial, formações sociais e modalidades de povoamento agrupado

6.2. Os núcleos rurais dispersos

6.2.1.      Estudo de um caso: o vale da Ribeira da Meimoa

 

7.      Considerações adicionais acerca da ocupação e exploração dos campos

7.1. Dos tipos de sítios mais frequentes (e do momento do seu aparecimento) à variabilidade dos padrões de povoamento

7.2. Propriedade, parcelamento e paleo-ambiente

7.3. Das actividades económicas de subsistência aos circuitos comerciais

7.4. A criação de gado e o pastoreio

7.5. A mineração: das pequenas explorações de minerais comuns às grandes frentes de exploração aurífera

7.6. Perfil social e estatuto jurídico de indivíduos e comunidades

7.7. A demanda do sagrado e o apego à tradição 

 

8.      Apontamentos finais e eixos de investigação futuros

 


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