Durante
os meus treinos de mota pelo concelho da Lousã, nomeadamente pela freguesia de
Foz de Arouce, tenho vindo a descobrir importantes artefactos da Pré História
antiga, os quais estou a estudar (com o auxílio dos meus professores do
Instituto Politécnico de Tomar) para elaborar a dissertação de mestrado acerca
do meu concelho e dos inúmeros sítios arqueológicos que tenho vindo a descobrir
desde 2005. Neste
artigo pretendo dar conhecimento aos "archportianos" do machado (??)
sob lasca em quartzito, datável do Paleolítico Inferior (Período mais antigo da
Pré História do Homem, com um intervalo de tempo entre 2.5 Milhões de anos e 100
mil anos), de indústria Acheulense, artefactos estes elaborados na época do
segundo interglaciar, que encontrei na freguesia de Foz de
Arouce. Este
achado, embora um simples ?calhau? para uns, representa toda uma evolução da
tecnologia lítica do Homem Pré-Histórico Lousanense.
Desde o
seu tipo de talhe até à escolha refinada da matéria prima (um quartzito de grão
fino e homogéneo), este artefacto é muito importante para podermos saber quem
foram os povos que habitaram outrora a Lousã, e mais importante ainda, para
compreender como viviam (ou sobreviviam) as comunidades de caçadores
recolectores no nosso concelho. Filipe
Paiva Mestrando do Instituto Politécnico de
Tomar e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Erasmus Mundus
"Quaternário e Pré-História"); Investigador
associado do Instituto Terra e Memória ? Grupo ?Quaternário e Pré-Histórica? do
Centro de Geociências
(uID73
? Fundação para a Ciência e Tecnologia).
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