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Re: [Archport] Tesouro romano segue para tratamento em Conímbriga

Subject :   Re: [Archport] Tesouro romano segue para tratamento em Conímbriga
From :   conlopes@fl.uc.pt
Date :   Tue, 20 Nov 2007 00:01:20 +0000

pelo que conheço dos técnicos (as) do Museu de Conimbriga não vejo
necessidade de recorrer a França- Não me interessa se estamos na CE ou não,
interessa-me o facto de darmos aos laboratórios portugueses  a importância
que eles podem ter.
Fico contente por este tesouro, interessante, sem dúvida, ser tratado em
Portugal. sem nacionalismos, como os que me conhecem sabem não ser meu
princípio, mas en nome da nossa qualidade.
C. Lopes
Professora de Numismática da FLUC



Quoting Pedro Pina Nóbrega <pedropinanobrega@sapo.pt>:

http://jn.sapo.pt/2007/11/17/norte/tesouro_romano_segue_para_tratamento.html

Tesouro romano segue para tratamento em Conímbriga

Eduardo Pinto , e Américo Sarmento

Opainel policromado de minúsculos mosaicos encontrado numa escavação
no Vale do Mouro, Meda, vai ser levantado num único bloco para se
tratado. O sítio será também alvo de um intervenção para eliminar as
raízes de árvores e outros estorvos, de maneira a que, no seu
regresso, o painel encontre boas condições de preservação.

"Depois de dar muitas voltas à cabeça decidimos tirar o painel",
começa por explicar o arqueólogo António Sá Coixão, que liderou os
trabalhos de escavação. Durante os próximos tempos ficará ao cuidados
dos técnicos do Museu Monográfico de Conímbriga, que o vão limpar,
colar e, dentro do possível, restaurar.

No painel, de seis cores, sobressaem as figuras Baco - deus do vinho
para os romanos - e do que parece ser uma acompanhante. Na
representação, segundo Sá Coixão, distingue-se também uma pequena
carroça e um leopardo.

O local onde as figuras se encontram está rodeado de árvores e
vegetação, razão para a existência de um sem número de raízes que é
difícil secar sem tirar o painel inteiro. "Veio chuva e o painel
empolou por causa das raízes. É difícil voltar a pô-lo como estava
sem o retirar", sublinha o especialista.

O painel regressará um dia, provavelmente, assente numa peça de gesso
que será encaixada outra vez no terreno. "Foi assim que os romanos
fizeram, pois os mosaicos não foram assentes no sítio, mas numa
oficina de arte", desvenda Coixão.

Regresso garantido

Afirma que tem esperança que algumas partes danificadas pela queda de
muros possam ser recuperadas, mediante a colocação de mosaicos
encontrados fora do sítio. "Penso que ficamos todos a ganhar com esta
intervenção", concede, sossegando as populações "Não lhe passe pela
cabeça que vai e não volta!"

Entretanto, Sá Coixão revela que o tesouro romano de 4526 moedas,
achado em Outubro, também vai ser tratado no Museu Monográfico de
Conímbriga. Não esconde que se trata de uma segunda escolha, apesar
das boas relações que mantém com a instituição, pois a sua ideia era
que o tesouro fosse tratado num laboratório francês, ao qual já
recorrera no passado com bons resultados.

"Houve algumas pressões a nível nacional", revelou o arqueólogo, sem
desvendar os autores, para que o tesouro não saísse do país, já que
"seria uma vergonha nacional".

"Não seria vergonha nenhuma pois estamos na União Europeia",
acrescenta, notando que a equipa que escava o Vale do Mouro até é de
Lyon, em França, "pelo que as moedas teriam ido muito bem para lá".

"Uma chama nacionalista que grassa neste país obrigou-me a optar por
um laboratório português", confessa, tendo recaído a escolha no Museu
Monográfico de Conímbriga.

O investigador revela também que, no futuro, o estudo do tesouro do
século IV será entregue a alguém que o queira tomar como mote para
uma tese de mestrado ou doutoramento. "Chega e sobra para uma boa
tese", afiança.






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