Já perguntaram à APA o que tem a dizer
sobre ? Ou será melhor criar um Sindicato dos Arqueólogos Portugueses’ João Paulo Pereira Nota: Esta mensagem não implica qualquer compromisso
de qualquer tipo da instituição. |
--- Begin Message ---To : <archport@ci.uc.pt>Subject : [Archport] Arqueologia de emergênciaFrom : "recibos verdes" <recibosverdes100@gmail.com>Date : Sun, 2 Mar 2008 14:17:29 -0000Arqueologia de emergência e o ordenado (a recibos verdes, claro).Muitas empresas oferecem 1000 euros por mês por um arqueólogo (por vezes menos), normalmente num acompanhamento (sem direito a nada, ainda temos que levar o nosso carro), daqui tiramos:
-segurança social: 150 euros
-irs: 150 euros
-quarto: 150 euros
-gasóleo: 50 euros
-comida: 200 euros
-material diverso: 50 euros
Restam 250 euros (se forem poupadinhos), acho que o fast food paga mais.
O trabalho é precário (pode acabar a qualquer momento, por exemplo se os trabalhos pararem na obra), é irregular (não sabemos quando é que temos trabalho outra vez), não temos direito a férias, subsidio de férias ou natal, não temos vínculo nenhum com a empresa que nos contrata,
Para a empresa nem sequer somos um trabalhador, somos uma despesa,
Toda esta situação afecta o nosso estado emocional e mina o desempenho profissional.Temos que fazer uma tabela de salários, não podemos continuar a trabalhar por tuta e meia, estamos a prejudicar os colegas, a Arqueologia e o nosso futuro.Proponho um minimo de 55 euros\dia para um técnico e 75 euros\dia para um Arqueólogo.Arqueologia de emergência e a inexperiência:
O facto de termos recém licenciados a fazerem acompanhamentos (que nunca fizeram na vida, sendo esta a tarefa a mais complicada em arqueologia) leva à destruição de património e à própria destruição da auto confiança do arqueólogo.
Certas empresas deixam um miúdo que acabou o curso ontem, a lidar com a pressão das máquinas numa obra (por vezes à frente de uma equipa), pressionado por pessoas que não respeitam (porque não conhecem) o trabalho do arqueólogo, este miúdo não sabe o que fazer num contexto de obra (por vezes este é mesmo o seu primeiro emprego), nem como lidar com as situações que surgem (nunca viu certos contextos arqueológicos que lhe surgem à frente, por exemplo os termoclastos resultantes de uma estrutura de combustão).Empresas, o barato sai caro.Professores universitários, por favor preparem os miúdos para o mundo real.Miúdos(as), atenção com os trabalhos que aceitam fazer_______________________________________________ Archport mailing list Archport@ci.uc.pt http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport
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