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[Archport] Réplica estilizada de marco miliário inaugurada sexta-feira (30) no Largo de Santiago BRAGA EDITA ?A FONTE DO ÍDOLO? e IVOCA AS VIAS ROMANAS (CMBraga)

Subject :   [Archport] Réplica estilizada de marco miliário inaugurada sexta-feira (30) no Largo de Santiago BRAGA EDITA ?A FONTE DO ÍDOLO? e IVOCA AS VIAS ROMANAS (CMBraga)
From :   "Ana Maria" <anamaria@alumni.com>
Date :   Tue, 27 May 2008 08:00:58 -0500

Réplica estilizada de marco miliário

inaugurada sexta-feira (30) no Largo de Santiago

 

BRAGA EDITA ?A FONTE DO ÍDOLO?

E EVOCA VIAS ROMANAS

 

A Câmara Municipal de Braga apresenta sexta-feira (30 de Maio, 11h00, Salão Nobre) a monografia ?A Fonte do Ídolo?, um estudo sobre um dos monumentos arqueológicos romanos mais emblemáticos da cidade, elaborado por Ana Garrido Elena, Ricardo Mar e Manuela Martins. Apoiada financeiramente pelo Município de Braga, a publicação passa a estar disponível no Núcleo Museológico da Fonte do Ídolo, à Rua do Raio.

Após a apresentação da monografia, o Presidente da Câmara Municipal de Braga inaugura também sexta-feira (30, 12h30), no Largo de Santiago, um monumento evocativo das vias romanas que da Bracara Augusta tomavam direcção para os mais diversos pontos da Península Ibérica.

 

Na apresentação de ?A Fonte do Ídolo?, a directora da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho e coordenadora do estudo recorda que a Fonte do Ídolo, dada a conhecer no século XVIII por Jerónimo Contador de Argote, mereceu a atenção de vários eruditos e investigadores, «que a descreveram, desenharam e interpretaram tendo em conta os elementos perceptíveis na sua fachada, que foram variando ao longo do tempo».

A relevância concedida à Fonte do Ídolo ? diz Manuela Martins ? justificou a sua classificação como monumento nacional e a sua posterior aquisição pela Câmara Municipal, em 1936, tendo a sua propriedade transitado para o Património do Estado e, em consequência, beneficiado de uma primeira intervenção museológica.

Coube à Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho o acompanhamento arqueológico dos trabalhos associados à nova valorização do monumento, «que implicaram profundas alterações do subsolo, essencialmente nas áreas adjacentes aos muros que o limitavam nos lados norte, sul e oeste».

As escavações então efectuadas puseram a descoberto o afloramento rochoso, bem como algumas estruturas relacionadas com o funcionamento deste santuário rupestre, único no seu género.

«Quando se procedeu à análise detalhada da sua superfície foi possível identificar um significativo conjunto de marcas que sugeria que este singular monumento podia ter sido objecto de uma intervenção arquitectónica, completamente desaparecida, mas da qual se conservavam ainda alguns indícios, susceptíveis de lançarem uma nova interpretação sobre as suas características», lembra Manuela Martins, para informar que a monografia agora dada à estampa assenta precisamente na proposta de reconstituição da arquitectura desse santuário à luz dos elementos então identificados.

Como tal, o trabalho que ora se apresenta é «parcialmente herdeiro de um outro, realizado por Ana Garrido Elena, em 2003 e 2006, no qual foi trabalhada uma primeira hipótese de restituição arquitectónica da fachada, valorizada no âmbito de uma tese sobre os santuários rupestres e o culto das divindades aquáticas».

Perante a proposta municipal de edição de um estudo monográfico dedicado à Fonte do Ídolo que fizesse justiça à sua importância patrimonial, foi decidida a adaptação e publicação de parte do estudo produzido por Ana Garrido, necessariamente ampliado com novas contribuições, daí resultando um historial das sucessivas leituras produzidas, algumas propostas para a sua possível configuração arquitectónica, ao longo do século I da nossa era, e um enquadramento do santuário, quer no âmbito da evolução das práticas cultuais de origem indígena, quer no da fundação e desenvolvimento de Bracara Augusta, «contexto em que cabe destacar e valorizar o seu significado».

«Não se centrando sobre o tradicional debate relativo à problemática das divindades homenageadas e à sua potencial relação com as esculturas representadas, este estudo pretende, sobretudo, valorizar a Fonte do Ídolo enquanto conjunto edificado suburbano, perfeitamente inserido, quer nos padrões da arquitectura romana, quer na história da própria cidade, parte da qual pode ser revisitada através da leitura das inscrições associadas ao monumento», esclarece a especialista.

De acordo com a coordenadora da monografia, através desta fonte, que se admite ligada a cultos aquáticos e da fertilidade, podemos observar como se preservou, evoluiu e visibilizou um local sagrado, de origem indígena, que, para além de passar a incluir a escrita e a escultura como elementos narrativos, terá igualmente integrado uma roupagem arquitectónica, com evidentes características clássicas.

«Poucas vezes nos é dada a oportunidade de percorrermos o complexo trajecto que caracteriza a adequação romana dos locais sagrados com origem anterior; a Fonte do Ídolo parece representar um dos raros sítios onde essa abordagem pode ser ensaiada e onde podemos, através das inscrições e, agora também por via da arquitectura, tentar seguir o percurso de um modesto santuário que, independentemente da sua monumentalização romana, jamais deixou de honrar divindades indígenas, não devendo igualmente ter perdido, nem a sua articulação com as populações rurais, nem tão pouco uma óbvia invocação subaquática, pois estamos perante uma fonte sagrada», conclui Manuela Martins, na apresentação do trabalho.

 

MONUMENTO ÀS VIAS ROMANAS

 

O Presidente da Câmara Municipal de Braga inaugura também sexta-feira (30, 12h30), no Largo de Santiago, um monumento evocativo das vias romanas que partiam da Bracara Augusta para os mais diversos pontos da Península Ibérica.

Trata-se de uma réplica estilizada de um marco miliário, em aço ?corten?, produzida pelo arquitecto Pedro Nogueira no âmbito dos projectos inter-comunitários ?Vias Atlânticas? e ?Vias Augustas?, que envolvem igualmente os municípios galegos de Lugo e Astorga.

Os marcos miliários, abundantes na região minhota, eram estruturas cilíndricas de granito que os romanos colocavam junto às estradas para que o viajante pudesse saber qual a milha em que se encontrava rumo a outra cidade do império.

A inauguração desta réplica ? que será seguida de idêntico procedimento pelos municípios galegos de Lugo e Astorga ? integra-se numa reunião luso-espanhola que decorre quinta e sexta-feira (29 e 30), em Braga, com a participação de municípios e universidades dos dois países, para debater as conclusões de um programa conjunto de estudo, inventariação e musealização das vias romanas, chamadas de ?augustas? e de ?atlânticas?.

O projecto transfronteiriço envolveu, no estudo da chamada ?Via 17? daquele Itinerário, que partia de Bracara Augusta (Braga) e ligava a Asturica Augusta (Astorga), os municípios portugueses de Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Montalegre, Boticas, Chaves, Valpaços, Vila Real, Vinhais, Mirandela e Bragança. De Espanha participaram os de Zamora, Astorga, Barco de ValledeOrras e Carcavelos.

No estudo da chamada ?Via 18?, a ?Via Nova? ou ?Geira?, que seguia um rumo diferente, pela serra do Gerês, rumo a Astorga, participaram os municípios minhotos de Braga, Amares e Terras de Bouro, e os galegos de Bande, Ourense, Lugo e Astorga.

O evento, que reúne peritos municipais e das universidades de Santiago de Compostela, Minho e Aveiro, decorre dia 29 no auditório da ?Agere, EM? (Largo do Pópulo, 14h30) e dia 30 no Salão Nobre da Câmara Municipal (9h30).

 


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