[Archport] Reflexos e... conjecturas!
A entrega da petição
Já aqui se referiu o que o senhor Presidente da Associação dos Arqueólogos
Portugueses comunicou na Assembleia Geral, realizada no mesmo dia 3, em que
fomos recebidos, no Palácio da Ajuda, pelo Senhor Dr. Luís Chaby Vaz, Chefe
de Gabinete do Senhor Ministro da Cultura e no seu impedimento, por o Senhor
Ministro se encontrar (à hora para que solicitáramos a audiência e que foi
atendida)em reunião do Conselho de Ministros.
Também a Presidente da Associação Profissional de Arqueólogos emitiu
comunicado sobre a ocorrência.
Desnecessário seria, pois, que eu próprio, como primeiro subscritor de uma
petição que tem, neste momento em que a consultei (20 h do dia 8), 1416
assinaturas, viesse a terreiro para dizer de minha justiça. Mas talvez não
seja tão despropositado assim, pois que gostaria de frisar que estou
inteiramente de acordo com as opiniões formuladas e que, na verdade, acho que
a audiência não poderia ter corrido de melhor forma. Civilizada, atenta,
inteiramente do nosso lado na tentativa consciente de resolver os problemas
que, de repente, os apanharam quando levantaram a toalha da mesa... (estou a
usar uma imagem que surgiu no decorrer da conversa).
Luís Chaby Vaz sublinhou, por diversas vezes, que o Senhor Ministro e seus
mais directos colaboradores estavam plenamente conscientes da gravidade da
situação e que esta petição era preciosa achega para dar força à
necessidade de uma solução urgente. Ficou, pois, bem claro que ninguém
estava contra ninguém, apenas um punhado de cidadãos exerceram, assim, o seu
dever de cidadania.
Como, decerto, havemos de ter necessidade de a exercer amanhã, pelas 19 horas,
nas instalações do IPA, para onde está prevista a apresentação pública ?
supõe-se que com pompa e circunstância e eventual direito a declarações em
directo para os telejornais? ? do projecto do novo Museu Nacional dos
Coches, a erguer sobre os destroços. Nós apenas queremos que os destroços
só venham depois de tudo o que essas vetustas paredes abrigam esteja? a
muito bom recato e acessível!
José d'Encarnação