[Archport] Pergunta e Arqueologia portuguesa

[<faria100@clix.pt>]

Agradeço a resposta do director do MNA.

Quanto às respostas do professor Mantas: em muitos sítios arqueológicos os vestigios posteriores ao período romano são desmontados, ignorados ou destruidos, de qualquer modo não é uma questão de quantidade (ou monumentalidade) mas sim de variedade, acho que os outros povos que nos andaram a chacinar e a ocupar (fazendo hoje parte da nossa cultura) também têm direito a aparecer . Oxalá as minhas modestas mensagens sejam comentadas (ao estilo colonial), só discutindo vamos a algum lado.

Trabalho há 10 anos em Arqueologia (em Portugal, Espanha, Irlanda e no Reino Unido), Portugal tem um dos mais interessantes e variados patrimónios da Europa (das fortificações do Calcolítico, passando pela presença Islâmica, até Foz Côa, por exemplo), a Arqueologia portuguesa foi em muitos casos pioneira (é só visitar o MNA), temos inúmeros museus com espólios muito ricos (de Silves, passando por Sines, até Macedo de Cavaleiros, por exemplo), temos várias empresas de Arqueologia que permitem uma carreira (que não é fácil) no ramo do património e produzem interessante trabalho cientifico ( ERA e Crivarque, por exemplo), cada vez mais as autarquias olham para a Arqueologia (nem que seja a pensar no turismo), ainda temos os fiscais do ex-IPA no terreno (o melhor que esta instituição nos deixou), os profissionais do património possuem uma formação técnica cada vez melhor, deixando para trás muitos professores universitários (infelizmente), a motivação dos meus jovens colegas é uma das minhas fontes de inspiração, a discussão entre profissionais (auxiliada pela internet)  dos problemas que sempre existiram, nunca foi tão rica e variada, não é altura de pessimismo, mas sim de união, falar mal é fácil, participem nos encontros e manifestações, é o vosso futuro. Aos colegas que têm poder para mudar as coisas, não sejam egoistas, ajudem, também é o vosso futuro. 

 

 

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