[Archport] Robert Connolly analisa Tutancâmon
Fetos em tumba são de filhas gêmeas de Tutancâmon, diz análise
Dois fetos mumificados encontrados na tumba do faraó egípcio
Tutancâmon poderiam ser de suas filhas gêmeas que nasceram mortas,
ndica a análise preliminar do DNA dos corpos pelo anatomista britânico
que há quatro décadas estuda os despojos do rei egípcio.
As novas descobertas serão apresentadas nesta segunda-feira pelo
professor Robert Connolly, da Universidade de Liverpool, em uma
conferência sobre farmácia e medicina do Egito Antigo na Universidade
de Manchester.
"Estudei uma das múmias, a maior, em 1979, determinei o grupo
sangüíneo desta múmia bebê e comparei com o grupo sangüíneo de
Tutancâmon que defini em 1969. Os resultados confirmaram que este feto
maior poderia ser da filha de Tutâncamon", afirmou Connolly.
"Agora acreditamos que são gêmeas e ambas suas filhas. A análise do
DNA que está sendo realizada pelo grupo do Dr. Hawass, no Egito (Zahi
Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antigüidades egípcio),
vai contribuir com outra peça-chave para essa questão."
Os fetos foram encontrados na tumba de Tutancâmon, em Luxor, em 1922.
Sabe-se que o faraó, que morreu há três milênios quando tinha apenas
19 anos, casou-se com Ankhesenamun, filha da rainha Nefertiti, aos 12
anos de idade. Mas o casal não teve nenhum filho que tenha
sobrevivido, acreditam os estudiosos.
Connolly afirmou que a tese dos dois bebês gêmeos "se encaixa bem na
idéia de uma única gravidez de sua jovem esposa".
"É uma descoberta muito animadora, que não apenas pinta um retrato
mais detalhado da vida e morte desde jovem rei, como também nos conta
mais sobre sua linhagem", acrescentou.
Os despojos de Tutancâmon foram examinados em testes de DNA e
tomografia computadorizada em 2005. Estas foram as primeiras múmias a
serem submetidas a estes testes, na tentativa de aportar novas
informações à história dos governantes egípcios da Antigüidade.
Tutancâmon governou o Egito de 1.333 a 1.324 a.C. Acredita-se que
tenha chegado ao trono aos nove anos de idade.
A diretora da conferência, a professora Rosalie David, disse que a
tumba e a múmia de Tutancâmon "têm nos dado muita informação sobre a
vida no Egito Antigo, e pelo jeito continuarão dando por algum tempo".
O evento em que as conclusões serão apresentadas reúne mais de cem
delegados de cerca de dez países e é realizado em parceria entre a
Universidade de Manchester e o Centro Nacional de Pesquisas, no Cairo.
http://www.liv.ac.uk/researchintelligence/issue24/bloodtyping.html
http://www.ls.manchester.ac.uk/about/news/articles/article/?id=3906
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