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Re: [Archport] Digest Archport, volume 64, assunto 35

Subject :   Re: [Archport] Digest Archport, volume 64, assunto 35
From :   "lino tiago" <arkeolino@gmail.com>
Date :   Wed, 14 Jan 2009 10:15:00 +0000

Antes de mais gostava de aqui deixar claro que entre a questão provocatória colocada pelo Sr. (Paulo) Alexandre Monteiro: "E quantos navios escavou o Doutor Vasco Mantas, Tiago?" e a resposta esclarecedora por parte do próprio Doutor Vasco Mantas existiu uma resposta minha à questão do Sr. Monteiro, mas que por lapso apenas foi enviada para o correio pessoal e não para a Archport, como tal cabe-me corrigir este engano.



(Enviada no dia 13 de Janeiro de 2008 por Tiago Lino a Alexandre Monteiro)



"Caro Alexandre, percebo inteiramente o que quer dizer. Contudo, e como a cadeira se chama "Arqueologia subaquática", trata-se de uma cadeira de corpo teórico, cujos conhecimentos (teóricos) transmitidos servem apenas de ferramenta, como o nome indica, teórica. É um facto que maioritariamente os nossos actuais cursos académicos de arqueologia são muito mais teóricos do que práticos, o que na verdade não invalida a sua importância. Ainda que esse conhecimento teórico esteja sempre ao nosso dispor na mais diversa bibliografia.
Por isso, o facto do Doutor Mantas nunca ter escavado debaixo de água não invalida os seus indiscutíveis e alargados conhecimentos de história naval clássica, e os transmita nos bancos da faculdade.

Para além disso, sabe tão bem quanto eu que a Arqueologia Naval pode ser uma especialidade da Arqueologia Subaquática. Podemos nesse caso afirmar que é possível ser-se arqueólogo subaquático sem nunca se ter escavado na vida, ou melhor, como o Alexandre deve preferir, chamemos-lhe ser-se Arqueólogo especializado em Arqueologia Naval.


É um facto que nos estamos, ambos, a desviar da raiz desta conversa que surgiu na Archport, contudo parece-me importantíssimo este tipo de discussões, pois só assim me parece ser possível progredir de forma sólida.

Caro Alexandre, concordando "grosso modo" com o que vai escrevendo, mas, não deixo de dizer-lhe que, no meu pessoal ponto de vista, por vezes é preciso proporcionar oportunidades para que surjam grandes coisas e grandes pessoas, ou seja, ainda que as nossas discussões e as nossas opiniões sejam importantes é também igualmente importante que não sejamos radicais nem convencionais a defendê-las. Deixar a água correr é também uma forma de ir regando as plantas que estão no seu caminho. Mais cedo ou mais tarde essa água chegará aos eu destino e muitas plantas pelo caminho ficaram regadas.


Cordiais Cumprimentos

Obrigado pela sua espontaneidade e sinceridade de escrita

Tiago Lino


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