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Re: [Archport] Should Auschwitz be left to decay?

To :   Sérgio Carneiro <sergiocarneiro@yahoo.com>, Archport <archport@ci.uc.pt>, Rui Gomes Coelho <ruigomescoelho@gmail.com>
Subject :   Re: [Archport] Should Auschwitz be left to decay?
From :   Vítor Oliveira Jorge <vojorge@clix.pt>
Date :   Tue, 03 Feb 2009 00:22:54 +0000

Title: Re: [Archport] Should Auschwitz be left to decay?
Vocês estão a entrar em assuntos interessantes, não muito frequentes em arqueólogos (eu também sou um, como se sabe). Não vou entrar or minha vez no debate por infeliz falta de tempo. Mas esta questão toda é fulcral! Conhecem a obra de Derrida, ou de Agamben, por exemplo? Sobre a memória e a identidade, no primeiro, aliás nascido judeu; sobre a questão da soberaina e do Estado e das suas raizes teológicas, em parte inspirado num tipo algo sinistro mas muito inteligente, Carl Schmidt, no segundo. Este (Agamben, como aliás já Foucault) é subversivo no que interessa (= interessante mesmo), julgo. É tempo de facto de se debaterem estes problemas do nosso tempo, do que nos inquieta neste tempo sem futuro, em vez de andarmos só com descobertas e estórias e aventuras... Obrigado pelo vosso contributo. Eis onde se unem arqueologia e filosofia, e poesia, e ... a própria vida, que há mais vida para além dos cacos e das pedras, da sua pressurosa contabilidade, da exaustão descritiva em que esfrangalhamos a energia.
Cordiais saudações
Vitor Oliveira Jorge
http://trans-ferir.blogspot.com


On 09/02/02 23:55, "Sérgio Carneiro" <sergiocarneiro@yahoo.com> wrote:

> Enviou-me um amigo meu este texto, que, ainda que respondendo a um outro de
> temática paralela, me parece de interesse divulgar nesta lista, já que avança
> linhas de reflexão interessantes a respeito de Auschwitz, do património e da
> memória. "Do mau uso da memória Francisco Luis Parreira Esther Mucznik
> (EM), no Público de 15 de Janeiro último, refuta a acusação de que Israel
> perpreta em Gaza um novo Holocausto, o que faria dos judeus os novos nazis e
> dos palestinos os novos judeus. Em manifestações ditas pela paz, mas talvez
> mais pela vingança, essa acusação tem sido expressa em cartazes que sobrepõem
> a cruz suástica à estrela de David. A acusação é absurda e a sua refutação
> salutar. Quanto aos símbolos, observo apenas que ostentar uma suástica, seja
> com que objectivo for, é sempre e só declarar-se representado por ela. E
> associá-la à estrela de David não é pronunciar-se, com miserável ironia, sobre
> o actual conflito; é, com miserável ironia, legitimar o passado. EM, porém,
> deseja compreender os motivos da acusação. Com esse fim, faz uma série de
> observações sobre a identidade judaica e a sua relação com a guerra actual que
> reputo de singulares e até mistificadoras. Ao debatê-las, não me coloco entre
> os adversários de EM. Creio até que essas observações se viram contra quem as
> defende e servem ambos os lados; sugerem mesmo uma afinidade essencial entre
> adversários de opinião e, pior ainda, entre inimigos em guerra.       Na
> referida acusação, EM recusa ver uma responsabilidade objectiva do acusado.
> Mas deduz, admiravelmente, uma responsabilidade objectiva do acusador. A
> acusação, diz, é um modo que o acusador tem de se libertar da culpa [sic] do
> Holocausto. Se, na vítima de ontem, ele vir o carrasco de hoje, então o
> Holocausto não foi a terrível singularidade que imaginou: pode assim renunciar
> à sua culpa. O acusador pretende esquecer a lição da História, mas Israel está
> aí para lembrá-la. E é por bem recordá-la que Israel "pode por vezes não
> querer a paz". Ela ensina que é preciso defender a própria existência com
> unhas e dentes. Os acusadores de Israel ignoram essa lição, a própria Europa
> já a esqueceu. Acusar Israel, conclui-se, é a prova de um defeito essencial da
> Europa: a amnésia. Tal amnésia manifesta-se sob a forma de má-consciência, mas
> na crítica a Israel insinua-se um elemento mais sinistro: o anti-semitismo.
> Comprova-o EM com citações de comentadores portugueses; avulta uma que refere
> a hipocrisia internacional, para a qual o dinheiro israelita é mais valioso
> que as vidas palestinas.       Comecemos por aqui. Tento descortinar o
> anti-semitismo das citações, mas só vejo idiotia — a qual, por natureza, não
> carece de qualificação adicional. Deixe lá os comentadores, cara Mucznik, não
> lhes dê essa importância. Se Almada desse em bombardear Lisboa com mísseis
> iranianos e lhes estorvasse os passeios contemplativos, é certo que exigiam
> logo de Lisboa o que agora condenam em Israel. Não há hoje nada de tão
> inimputável como o "part-time" de comentador e nada tão excitante e imune à
> dúvida como corrigir nações inteiras. Mas há também os outros, os que Almada
> não vai apanhar de surpresa. À sua inteligência dilatada, repugna-lhe a
> pequena dimensão das coisas. Sabem que por detrás de Almada está o Irão e que
> nunca há guerras em causa própria. Pela mesma razão, não deploram em Israel a
> política — decerto ditada pela loucura — de se entregar, para a sua
> sobrevivência, à protecção de um potência distante (os EUA) e ter alienado de
> vez a boa vontade dos vizinhos. Aplicam-se muito a virtualizar o inimigo
> (dependem intelectualmente da sua existência) e, na escala larga a que se
> atrevem, não podem deixar de fazer sua esta guerra. São de direita, mas
> parecem maoístas. Não encontram na História a luta de classes, mas o choque de
> civilizações e, entre pilhas de mortos, conseguem sempre distinguir os
> "instrumentalizados". Uns e outros parecem saber muito acerca da guerra. Não
> vejo como. Almada nunca bombardeou Lisboa. Eu, daquilo que há realmente para
> saber nas guerras, não sei nada, graças a Deus. Mas sigo os bons exemplos e
> recordo que saber que nada se sabe é uma vantagem sobre aqueles que nem isso
> sabem e que, talvez por isso, tomam sempre posição.       Prefiro, se me
> permite, fazer-lhe uma repreensão. O seu artigo é todo perpassado por uma
> ideia que nunca ousa tornar explícita: a de que existe na memória do
> Holocausto um poder de julgamento pelo qual se "pode não querer a paz". Tal
> julgamento, porém, só pode ser feito de dentro dessa memória, de modo que é um
> património exclusivo dos Judeus. Há aqui algo de escandaloso, mas já lá vamos.
> A repreensão prende-se com o uso do termo "Holocausto". Saberá EM que é o
> termo encontrado pela Patrística cristã para traduzir um dos tipos de
> sacrifício mencionados no Levítico; com o tempo, ganhou o sentido de
> sacrifício supremo, de um abandono último ao sagrado. Ora, associar, por meio
> dessa palavra, um motivo sagrado ao extermínio de Judeus é, no mínimo,
> afrontoso. Ignoro se já visitou Auschwitz. Nenhum Deus ali pôde ou poderá
> comparecer. O local significa a própria interdição do testemunho de Deus e
> garanto que não existe qualquer relação entre uma câmara de gaz e um altar
> sacrificial. A impressão que se tem, porém, é que, se for preciso, amanhã está
> pronto a funcionar, e o mais perigoso a respeito do Mal é achá-lo único,
> impartilhável e irrepetível. EM, porém, faz de Israel a encarnação desta
> memória e trá-la a desempenhar um papel argumentativo no conflito actual. EM é
> judia, eu não. Que não me leve a mal perorar-lhe sobre o Extermínio. Os seus
> antepassados conheceram o horror mais infame da história humana. Os meus não,
> tiveram só as tragédias que lhes coube. Mas jamais ousaria definir-me a partir
> delas. Todas as tragédias escarnecem da nossa pretensão a herdá-las. Somos
> assim, Mucznik e eu, mais parecidos um com o outro do que com os nossos
> antepassados: ao pé deles, somos bem-aventurados. Tem, portanto, de chegar o
> momento em que se torne possível falarmos sem a mediação de Auschwitz e em que
> uma guerra seja encarada como aquilo que é. Vista de Auschwitz, toda a
> justificação é grotesca. Nenhum museu do Holocausto lhe oferece mais do que
> uma esmola de sentido, e muito menos pode aquela memória ser associada a um
> exército que parte para a guerra, mesmo que seja o exército de Israel.       
> EM, porém, exige essa mediação para falarmos desta guerra. Eis então o
> escandaloso: como os manifestantes que deplora, está a afirmar que é sob o
> primado da suástica que se tem de entender a estrela de David, embora isso
> agora tenha o prestígio de uma justificação. Está a afirmar que Auschwitz é,
> ainda que no plano simbólico, o momento fundador da presente guerra; que o
> inimigo de Israel não mudou e é eterno; que todos os israelitas combatem a
> mesma guerra dos seus avós europeus. Receio, aliás, que este mito não seja
> privado; receio que tenha sido o único fundamento do sionismo no pós-guerra. O
> erro é perigoso, sobretudo para Israel. Confundir a natureza de uma guerra é
> condenar-se a perdê-la. Mas o perigo maior é depender da guerra para
> certificar um elemento identitário. Ao pretender que combate o Extermínio,
> pode Israel imputar aos actos do inimigo a mesma demência incompreensível.
> Pode, sem esforço e sem remorso, sentir os actos do Hamas como desligados dos
> seus, como pura exterioridade e mal absoluto. Isto não significa apenas a
> banalização de Auschwitz. É também uma rendição ao inimigo. Só ele serve de
> prova à continuidade do mito identitário, e por isso é desejável. O inimigo
> crê o mesmo; por força deste mimetismo, tiram a sua existência um do outro e
> da inimizade que os define.       Talvez devamos operar distinções nesse
> mimetismo. Mas quais? Quando vejo em reportagens de Gaza as vítimas infantis
> amortalhadas, acho sempre estranho que apareçam a chorá-las adultos sem um
> único ferimento. Todas as mães desejam o melhor para os seus filhos, mas
> muitas mães palestinas parecem achar que o melhor não é esta vida e não
> hesitam em dá-los à primeira linha dos "mártires". Israel também não. Como
> todo o bom estado moderno, já se substituiu às mães e chora o martírio dos
> seus filhos, não com gemidos lancinantes, mas com honras militares. A guerra,
> "desigual" ou "equilibrada", é mais miserável das condições. Nenhuma morte tem
> precedente e cada uma é a intolerável recapitulação de todas as outras. Que se
> chore as mortes, que as honras sejam prestadas. Mas que não se rivalize na sua
> justificação, seja ela Alá, a pátria ou, pior ainda, a lição da História.       
> Nesta guerra, para EM, é directamente a vida do judeu que está em causa. A
> sobrevivência é o essencial da experiência judaica. Foi nessa vida que Israel
> se fundou politicamente. Perguntou "quem é o judeu?" e não, por exemplo, "quem
> é o cidadão?" Como todos os estados a braços com duas ordens distintas de
> realidade, a nacionalidade e a soberania, está condenado a produzir minorias
> excluídas, refugiados e apátridas — condição outrora conhecida dos judeus. Mas
> também se condena a produzir uma abstracção: a do judeu ele mesmo. Não me
> refiro sequer ao facto de Israel não ser os judeus da diáspora ou os não
> sionistas. Refiro-me à consequência de se fazer daquela vida o objecto
> essencial da guerra. É-se assim chamado a considerar a existência do judeu
> como algo que tem de ser proclamado em si mesmo, fora de qualquer conteúdo
> político, filosófico ou religioso; a entendê-la como valor superior a qualquer
> ideal de liberdade ou justiça, até ao direito internacional. Isso é torná-lo
> numa abstracção. Ora, é essa mesma perversidade da abstracção que alimenta o
> anti-semitismo. E mais uma vez, os inimigos são o mesmo.       A morte,
> porém, é avessa a abstracções. Se cada morte em Gaza ou Israel representa
> alguma coisa, é a evidência de que só o presente existe e os inimigos estão
> integralmente nele. A dívida de uma vida é tão grande que nenhum passado pode
> dar conta dela. Todo o passado e toda a memória têm que ser cancelados, a
> começar pela mais estúpida questão de uma guerra fundada apenas sobre a
> violência territorial: quem tem direito àquela terra? A este cancelamento do
> passado, sem o qual não é possível viver em paz, o artigo de EM não presta
> qualquer serviço.       Não pretendo excluir-me, com este texto, do Ahabath
> Israel ou amor a Israel. Mas o mesmo amor não o tenho aos "Judeus": não posso
> ter amor a uma abstracção (tal como outros têm ódio). E mesmo que o tivesse,
> só o faria por uma razão: porque não sou judeu. Se o fosse, não ia amar-me a
> mim mesmo, só porque o era. Isso seria tão absurdo como amar a terça-feira, só
> porque não é quarta. E, tendo amado Deus outrora, só me restava agora amar-me
> a mim, podendo não "querer a paz e sem nada esperar de ninguém"? --- On
> Wed, 28/1/09, Rui Gomes Coelho <ruigomescoelho@gmail.com> wrote: > From: Rui
> Gomes Coelho <ruigomescoelho@gmail.com> > Subject: Re: [Archport] Should
> Auschwitz be left to decay? > To: "Archport" <archport@ci.uc.pt> > Date:
> Wednesday, 28 January, 2009, 1:44 PM > O memorial que lá está é realmente um
> bom princípio para > algo que faz muita > falta, e não me sinto em condições
> para discutir a sua > qualidade estética. > Mas não deixa de ser irónico que
> num painel colocado do > lado Ocidental da > praça de São Domingos, que penso
> ter sido criado na mesma > altura, onde antes > se dizia “Lisboa, cidade de
> tolerância”, diz agora > “Lisboa, cidade de > INtolerância” (ou algo do
> género), depois alguém lá > ter inscrito um > graffito. Repare-se até que quem
> frequenta mais a praça > são imigrantes, cujo > lugar de encontro foi
> transferido depois de terem sido > empurrados pela > criação de uma esplanada
> diante do teatro nacional. > Interrogo-me se o elo > entre o acontecimento e
> as pessoas foi estabelecido, e se > aquele monumento > foi dele investido.
> Receio bem que neste caso seja apenas > um acto de > exorcismo público. Como
> muitas placas toponímicas. > >   > > Voltando a Auschwitz, não posso
> concordar que se possa > resumir o processo de > construção da memória
> pós-Holocausto, nomeadamente > através da manutenção das > suas
> materialidades, como uma “demonização tópica”. > Sobretudo porque entendo >
> uma “demonização”, ou até uma categorização > absoluta do “bem” e do “mal”, >
> como qualquer coisa de irracional. E muito perigosa, em > termos políticos: >
> basta ver o modo como estes conceitos entraram na linguagem > das >
> administrações neocon dos EUA com Reagan e a família > Bush, com os efeitos >
> que têm tido. Daí uma possível diferença, tendo em > conta aquilo que aqui >
> estamos a discutir, entre a imagem de um exorcismo e a > construção de uma >
> memória colectiva. > >   > > Claro que isso passa tudo pela educação, e
> pelo > “cultivo” da democracia de > que fala Sérgio Carneiro. Mas isso
> consegue-se com > projectos, e resta saber > qual é o nosso. Quanto a mim,
> parece-me que a chave deste > problema radica na > resolução de um outro, que
> é o da construção e > integração europeias, no > momento de charneira que
> vivemos. Há uma dualidade que > não tem nada de > simples, entre o Ocidente e
> o Leste europeus. Aquele com > uma matriz de > princípios essencialmente
> edificada desde o pós-guerra e > com o fim dos > fascismos, e do outro lado
> desde o fim dos regimes > socialistas, após 1989. > Receio bem que a
> relativização do nazismo e do papel da > conservação dos seus > traços
> materiais não venha por acaso, no meio deste > imbróglio. > >   > >
> Saudações > >   > >   _____   > > De: archport-bounces@ci.uc.pt >
> [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de > Graca Cravinho > Enviada:
> quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009 10:23 > Para: sergiocarneiro@yahoo.com;
> archport@ci.uc.pt > Assunto: Re: [Archport] Should Auschwitz be left to
> decay? > >   > > Caro Sérgio: > >   > > Tem razão quanto ao "progrom". Às
> vezes, de > tanto detestarmos certas > pessoas,  acabamos por "entranhar" os
> seus > defeitos... > >   > > Quanto à sua apreciação sobre o monumento, ela
> é sua... > Nem eu me sinto apta > a interpretá-lo... O meu Mestrado em
> História da Arte > (feito, ainda, com > dois anos curriculares e a defesa de
> uma Tese e não com > uma equivalência a > qualquer "tesina" feita em Espanha,
> dada num > gabinete e não segundo os > trâmites legais) incidiu sobre a
> Antiguidade Clássica... > >   > > Permita-me, porém, que lhe transmita a
> interpretação de > uma Professora e > historiadora de Arte israelita, a quem
> enviei a foto que > anexo. > >   > >   > > "The semi-ball with the Star of
> David > "looking" upwards (a symbol which in > the 15th cent. was not yet a
> Jewish symbol but by now > obviously very much > so) is very imposing and
> correct. > > This memorial monument gives one the feeling that its > designer
> wanted to > convey by it soundness, stone & volume: > > that the Jews are
> connected to the world (to this universe > of us) and the > world to them (as
> well as to whole of humanity); > > that the way of the world goes round &
> round (as do > bitter & good events) > but that sometimes certain events cut,
> bruise the normal > way things go (the > cutting of the ball with the rough
> surface Star of David) > & then all > involved directly or indirectly (victims
> as well as > prosecutors) - are > bruised; > > that a certain event cut into
> the completeness and > wholeness of the world > (the place tc.) but even with
> such horrid events, we look > forward to the > word (the wall) - to the
> message of continuity and learning > from the past, > that we (all human
> beings) stand fast as a strong wall its > message of > tolerance (to all
> people be their language, words, script > as they be); > > that there is much
> connection between roundness of various > beliefs (with the > Jewish belief
> which cuts by its star the world but is also > in its middle) > and more. >
> The wall behind enhances & completes the message with > its carefully
> thought > out words in many scripts and gives not only the location - > Lisboa
> & > Portugal itself the stability it deserves, but also as > stated, a clear >
> message of strength, tolerance and acceptance of the past, > but especially
> of > the now & the future, & also puts Lisboa at the > center of events - be
> they > of the past or of now and the future - by proclaiming that > people
> should > look the past in the face & learn from it, not only on > location,
> but also > everywhere else in the world. > > I could go on & on, because I
> think this monument is so > right & well > perceived. All "Lisboans" (and
> Portuguese) should > be proud of it." > >   > >   > > Cumprimentos, > >  
> > > Graça Cravinho > >   > >   > >   > >   > >   > > No virus found in
> this incoming message. > Checked by AVG - http://www.avg.com > Version:
> 8.0.176 / Virus Database: 270.10.13/1916 - Release > Date: 28-01-2009 > 6:37 >
> > > _______________________________________________ > Archport mailing
> list > Archport@ci.uc.pt > http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport      
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