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[Archport] Estratégias para o património arqueologico

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Estratégias para o património arqueologico
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Sun, 8 Feb 2009 16:16:46 -0000

            Integrada na iniciativa Fórum Cultura e Criatividade 09, realizou-se ontem, sábado, dia 7, na Exponor (Matosinhos), das 12 às 13.30 horas, uma sessão subordinada ao tema «2008-2013: Estratégias para o Património Arqueológico». Estiveram presentes cerca de 40 pessoas.

            Em representação do IGESPAR, falou o seu Subdirector, Doutor João Pedro Ribeiro. Depois de, em traços largos, dar conta do que foi a recente evolução estrutural da entidade tutelar do património arqueológico, manifestou-se confiante em que, apesar de tudo, algo se poderá fazer para superar as actuais dificuldades conjunturais, assinalando nomeadamente: está a ser bem equacionada a resolução da questão dos «avençados»; o fomento de parcerias, designadamente com os municípios, irá favorecer o melhor financiamento das actividades arqueológicas, inclusive no plano editorial; e, se vai ser procurada uma ligação mais estreita com as universidades para se editarem trabalhos académicos, anunciou que está no prelo novo número da Revista Portuguesa de Arqueologia.

            O Dr. Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia, preocupou-se, de modo particular, em referir a problemática em torno do destino das peças resultantes de trabalhos arqueológicos; e se, neste âmbito, preconizou que a ida desse espólio para os museus municipais é a mais natural, fazendo-se as peças acompanhar da documentação a elas inerente, considerou que a criação, no quadro da Rede Portuguesa de Museus, de uma rede de reservas arqueológicas é um caminho a trilhar, propondo mesmo que venha a disponibilizar-se apoio financeiro específico para o efeito. Reafirmou a necessidade urgente de se criar um Conselho Superior de Arqueologia, formado por personalidades de reconhecida competência mais do que por meros representantes institucionais, a funcionar, por isso, independentemente de poderes políticos, económicos e corporativos. E repôs a questão de valer a pena voltar a discutir se a Arqueologia estaria mais bem enquadrada no Ministério do Ambiente (a exemplo do que se passa noutros países) do que no da Cultura. Informou, ainda, que há diligências no sentido de uma entidade pública portuguesa vir a interessar-se pela publicação, em DVD, de obras de temática arqueológica (por exemplo, dissertações de mestrado ou doutoramento).

            A Dra. Patrícia Jorge, da empresa Ative, associada da Era-Arqueologia, abordou especificamente questões ligadas à gestão do património arqueológico, ilustrando os seus objectivos com o que, nesse domínio da promoção dos sítios e atracção das populações, se está a fazer, por exemplo, em Atapuerca, na muralha de Adriano (Reino Unido), em Çatalhöyük? apontando como muito desejável o recurso à diversificação das fontes de financiamento da actividade arqueológica.

 

                                                                                  José d'Encarnação


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