[Archport] Acerca de acompanhamento invisível
Caro Jorge Pinho.
Perdoe-me não reconhecer ou poder identificar o seu nome.
Apesar de conhecer detalhadamente essa área, não posso responder, com toda a franqueza à sua questão, até porque muitos sítios arqueológicos foram já identificados após o meu exílio em Lisboa, sobretudo no contexto dos estudos de impacte e acompanhamento do projecto Alqueva.
O que posso assegurar é que se trata de uma área de grande densidade de vestígios arqueológcos, respeitantes a uma relação muito consistente e permanente do homem com o território e, sobretudo com uma intensa densidade de ocupação romana, embora, obviamente, a referência arqueológica mais apelativa seja o megalitismo.
O alerta de Jorge Cruz não vinha acompanhado por fotografias, pelo que apenas posso conjecturar sobre a localização, embora todo o taçado da EN255 confine obviamente com potenciais sítios arqueológicos. Penso ainda que a mensagem de Jorge Cruz se refira aos trabalhos de melhoria da rede viária adjacente ao Alqueva anunciados em Julho de 2008, não serão então trabalhos de circunstância, o que torna a questão mais complexa.
Porém, a bem dizer, penso que o assunto está bem entregue, uma vez que se regista uma cuidadosa vigilância da comunidade local sobre o seu património.
A questão qe coloquei, como deve ter compreendido, partia de outras reflexões sobre o assunto, sendo irrelevante o local específico onde decorria.
A bibliografia disponível para a caracterização desta área específica, permite uma pré-avaliação bastante detalhada e talvez lhe forneça a resposta.
Cumprimentos.
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Manuel de Castro Nunes