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Re: [Archport] Fwd: Tesouro de Baleizão foi descoberto h á quatro anos e pouco se sabe sobre ele

To :   antonio monge soares <mongesoares@netcabo.pt>
Subject :   Re: [Archport] Fwd: Tesouro de Baleizão foi descoberto h á quatro anos e pouco se sabe sobre ele
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Tue, 7 Apr 2009 10:26:27 +0100

Mil euros. Até não está caro, tendo em conta que já foi escavado, ainda vem com alguma terra e, quiçá, até ofereçam com o colar em pele. Claro que  o vendedor deve estar a fazer este negócio ao peso - é que, se quisermos levar o machado, este já custa 10 mil....

http://www.custojusto.pt/Beja/1072699-MACHADO+DA+IDADE+DO+BRONZE+3+000anos+.htm?





2009/4/7 antonio monge soares <mongesoares@netcabo.pt>:
>
>
> Cliquem neste link:
>
> http://www.custojusto.pt/vi/1039023-Colar+idade+do+bronze.htm
>
> e verão peças de um novo tesouro...
>
> Monge Soares
>
>
>
>>Perante um cenário tão confrangedor, acho que só me falta perguntar:
>>
>>- para que serve o IGESPAR? Para que ando eu, contribuinte, a pagar o
>>ordenado aos seus directores?
>>
>>- como é que ainda continua por estudar o local desta pilhagem?
>>
>>- será que foram punidos os "prospectadores de achados arqueológicos"
>>ou ficou tudo como sempre, em águas de bacalhau, com os mesmos a
>>continuar alegremente a "prospectar"?
>>
>>- a quem foram pagos os quase 18 mil euros que, presumo, tenham saído
>>do erário público? Quantos mais locais destes terão sido pilhados
>>graças a este "incentivo" ? O que aconteceu ao ponto 3 do artigo 10º
>>da Convenção Europeia para a Protecção do Património Arqueológico
>>(que, relembro, foi ratificada por Portugal em 1997 e que tem maior
>>força jurídica que a construção legal nacional existente - e que é
>>suposto proteger o património cultural) que diz que "no que respeita a
>>museus e outras instituições similares, cuja política de aquisição
>>está sujeita ao controlo do Estado, (dever-se-ão) tomar as medidas
>>necessárias para evitar que aquelas entidades adquiram testemunhos do
>>património arqueológico que se suspeitem provenientes de descobertas
>>não controladas, de escavações ilícitas ou de subtracção fraudulenta
>>de escavações oficiais"? É mais letra morta?
>>
>>
>>Alexandre
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>"Tesouro de Baleizão foi descoberto há quatro anos e pouco se sabe sobre ele
>>
>>
>>
>>Público, 07.04.2009, Carlos Dias
>>
>>
>>
>>O trabalho de contextualização daquele que é considerado um dos mais
>>importantes achados no país continua por fazer. Os especialistas
>>prometidos nunca chegaram
>>
>>
>>
>>Em Setembro de 2005, o país foi surpreendido com a descoberta de um
>>valioso tesouro na freguesia alentejana de Baleizão. Um agricultor e
>>um pedreiro, residentes locais e habituais prospectores de achados
>>arqueológicos, tinham encontrado 31 artefactos ou fragmentos em ouro e
>>bronze datados de há três mil anos, na Idade do Bronze. Desde então, o
>>"Tesouro de Baleizão" entrou no limbo, apesar do Instituto do
>>Património Arqueológico (IPA), entretanto extinto, ter garantido,
>>nesse mesmo ano, ao presidente da Câmara de Beja, Francisco Santos,
>>que enviaria rapidamente para o local da descoberta quatro
>>arqueólogos, para fazerem a contextualização do tesouro.
>>
>>"Ainda hoje estou à espera que eles apareçam", critica o autarca, a
>>quem a população de Baleizão já pediu esclarecimentos e propôs a
>>instalação de um museu na freguesia para receber o "tesouro" e outros
>>achados arqueológicos que entretanto várias pessoas vão recolhendo e
>>mantendo guardados nas suas casas.
>>
>>A surpreendente descoberta - revelada pelo PÚBLICO (edição de
>>15/04/05) - foi classificada na circunstância por Raquel Vilaça,
>>professora da Universidade de Coimbra, como "um conjunto notável",
>>sobretudo por as peças terem sido encontradas "todas juntas, num
>>espaço circunscrito". Num documento que elaborou com a arqueóloga
>>Conceição Lopes, com o título "O Tesouro de Baleizão", descreve os
>>achados como "um excepcional depósito bimetálico muito raro na Europa.
>>O valor do espólio reside na colecção toda e nas circunstâncias que o
>>revelaram", de tal forma que o achado disperso "nunca teria existido",
>>concluem as investigadoras.
>>
>>Intervenção do tribunal
>>
>>Ainda o pó da escavação que conduziu à valiosa descoberta não tinha
>>assentado, instalou-se a polémica à volta da aquisição do tesouro pelo
>>Museu Nacional de Arqueologia, por 17.400 euros. Esgrimiram-se
>>argumentos pró e contra e o problema acabou em tribunal, através de
>>uma acção interposta pelo proprietário do terreno onde foi descoberto
>>o tesouro, que reclamou parte do valor do espólio descoberto, uma
>>exigência que acabou por não ter acolhimento na instância judicial,
>>que mandou arquivar o processo.
>>
>>No local onde foi descoberto o tesouro, prevalece apenas um quadrado
>>de terra escavado, com dois metros de lado. José Ambrósio, morador em
>>Baleizão, questiona o modo como foi encontrado o pote de barro com o
>>tesouro no alto de uma pequena elevação de terreno rodeada de olival.
>>São visíveis pedaços de material em argila, provavelmente restos de
>>telhas ou de tijolos, a cerca de dois quilómetros do troço mais
>>estreito do rio Guadiana.
>>
>>"Para aqui está prevista a plantação de um olival intensivo", alerta
>>José Ambrósio, propósito que é confirmado por José Castelo Branco, que
>>adquiriu o terreno, com cerca de 200 hectares, há um ano. Do famoso
>>achado arqueológico, considerado pelas peritas como "uma das melhores
>>colecções" do Museu Nacional de Arqueologia, conhece pouco, e nem
>>sabia que tinha sido descoberto no local onde se habituou a ver da
>>casa onde vive "veículos todo-o-terreno a cirandar".
>>
>>Colocado perante a dimensão e o valor do espólio descoberto, o
>>empresário diz estar disposto a rever o projecto de plantação de
>>olival. "Temos interesse em preservar o espaço."
>>
>>Reagindo à situação de impasse na pesquisa arqueológica do local onde
>>foi identificado o tesouro, o vice--presidente do Instituto de Gestão
>>do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), João Pedro da
>>Cunha Ribeiro, reconhece que o processo foi "pouco agradável" para a
>>arqueologia portuguesa, frisando que a instituição de que é um dos
>>responsáveis "não deu continuidade aos compromissos assumidos com a
>>Câmara Municipal de Beja".
>>
>>Apesar dos contratempos, considera encerrada "toda a conflitualidade"
>>que acompanhou a descoberta, cujo valor científico considera
>>"inquestionável", mas frisando que a solução para a salvaguarda do
>>património "passa por encontrar com a Câmara de Beja a melhor forma de
>>o acautelar", conclui o vice-presidente do Igespar.
>>
>>
>>
>>Aparcamento de gado "protege" importante necrópole
>>
>>
>>
>>Na freguesia de Baleizão, existem vários "tesouros" arqueológicos para
>>além do que foi descoberto em 2005 que têm sido sujeitos a constantes
>>actos de vandalismo e de prospecções ilegais. O local que mais tem
>>sido pilhado e destruído por actos de vandalismo e uso ilegal de
>>detectores de metais encontra-se no Cerro Furado, um lugar próximo do
>>rio Guadiana, a cerca de uma dezena de quilómetros de Baleizão.
>>
>>O município de Beja tem denunciado os constantes furtos, sobretudo o
>>que ocorreu em Outubro de 2006, deixando uma grande área da necrópole
>>e povoado da Idade do Ferro, que se presume se possa estender por
>>cerca de dez hectares, totalmente revolvida, deixando bem visíveis
>>"concentração de material cerâmico, ósseo e pétreo", descreveu a
>>autarquia.
>>
>>Até hoje, não foi possível apurar quem perpetrou a "destruição
>>irreversível", apesar de o município de Beja ter apresentado uma
>>queixa-crime "por atentado ao património arqueológico e profanação de
>>cadáver", e lembra que a necrópole do Cerro Furado apresenta um
>>"elevado interesse patrimonial e científico". Em Abril de 2006, a
>>autarquia assinou com o IPA um protocolo para apoio logístico e
>>financeiro a uma intervenção de emergência na necrópole, mas, até
>>agora, ainda aguarda por uma resposta.
>>
>>O vice-presidente do Igespar confirma que o Cerro Furado "ainda não
>>foi tratado com a Câmara de Beja", apesar de saber que "tem havido
>>muito vandalismo". Pela importância científica de que se reveste a
>>necrópole e o povoado do Cerro Furado, Cunha Ribeiro diz que vai ser
>>"necessário estabelecer uma prioridade", apesar de de tratar de um
>>"projecto caro".
>>
>>Nos últimos tempos, os actos de pilhagem e de vandalização foram
>>travados com um procedimento algo insólito. O proprietário do terreno
>>envolveu o Cerro Furado com uma cerca, transformando o local num
>>aparcamento de gado que afasta os intrusos, mas deixa no ar a dúvida
>>de se saber se o património fica devidamente salvaguardado. C.D."
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