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[Archport] Portugal e Irão estão a negociar acordo para preservar fortalezas portuguesas

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Portugal e Irão estão a negociar acordo para preservar fortalezas portuguesas
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Sat, 18 Apr 2009 09:06:30 +0100

Gulbenkian tem projectos para Ormuz e Qeshm

Portugal e Irão estão a negociar acordo para preservar fortalezas portuguesas



Público, 17.04.2009 - 21h29 Alexandra Lucas Coelho



Do lado iraniano já sai fumo branco, segundo anunciou o “Tehran
Times”, quinta-feira: “Portugal e o Irão chegaram a um acordo para o
restauro dos castelos portugueses no Sul do Irão.” Ou seja, a
fortaleza de Ormuz, uma das três grandes praças-fortes da presença
portuguesa no Oriente, e a fortaleza de Qeshm, ambas situadas em
pequenas ilhas no Golfo Pérsico.

A notícia do diário iraniano – disponível em inglês na edição online –
diz que o acordo foi negociado na terça-feira pelo embaixador
português José Manuel da Costa Arsénio e por Fariborz Dowlatabadi,
vice-director da Organização da Herança Cultural, Turismo e Artesanato
do Irão. Este responsável iraniano indicou ainda ao “Tehran Times” que
a assinatura terá lugar “no próximo mês”.

Do lado português, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE)
confirmou ao PÚBLICO o diálogo do embaixador Costa Arsénio com o
responsável iraniano, mas não adianta conclusões. “É um processo
longo, de há anos, que envolve a Fundação Gulbenkian”, lembrou a
assessora de imprensa Paula Mascarenhas, ressalvando que “continuam a
decorrer conversações sobre o assunto”.

José Manuel da Costa Arsénio foi embaixador em Teerão mas agora está
colocado em Lisboa. Esta deslocação à capital iraniana significa que é
ele, ainda, o negociador de Portugal na questão das fortalezas? A
assessora do MNE diz que não, que a viagem teve a ver com o facto de
Costa Arsénio agora dirigir os assuntos consulares do ministério. O
PÚBLICO tentou, em vão, contactar Costa Arsénio e o actual embaixador
no Irão, José Moreira da Cunha.

O envolvimento da Gulbenkian traduz-se em dois projectos apresentados
pela Fundação ao governo iraniano, um para a preservação de Qeshm, de
2002, e outro para a preservação de Ormuz, de 2004. “Estamos desde
então à espera”, disse ao PÚBLICO João Pedro Garcia, director do
Serviço Internacional da Gulbenkian, que visitou quatro vezes as
fortalezas. A resposta do Irão terá que indicar “o orçamento
discriminado, os prazos de execução e o compromisso financeiro que o
Irão está disposto a assumir”, explica este responsável, escusando-se
a referir uma previsão de orçamento. A Gulbenkian tem tido “contactos
cordiais com a embaixada iraniana em Lisboa”, e aguarda “notícias”.
Entre outros projectos, Ormuz será uma prioridade pela importância
histórica. “Com Goa e Malaca, é uma das três grandes-praças fortes de
Alfonso de Albuquerque.” Quinhentos anos depois, está “em lamentável
estado de degradação, perigoso para quem a visita”.

Ao fim da tarde de hoje, João Pedro Garcia não tinha conhecimento de
um acordo entre Portugal e Irão, mas elogiou o “papel decisivo” de
Costa Arsénio na preparação dos projectos. “Conhece perfeitamente o
Irão e defendeu empenhadamente os interesses de Portugal enquanto lá
esteve.”

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