[Archport] Cepo de âncora
Caro Doutor Vasco Gil Mantas.
Perdoe-me dirigir-me pessoalmente. Oportunas as suas duas intervenções. Reacalcitro todavia no tópico que tenho desenvolvido. Já não se percebe nada sobre esta trapalhada. Sem querer estigmatizar pessoalmente um arqueólogo, temo que algumas intervenções de arqueólogos tendam para reproduzir a estratégia de comunicação dos media. É o caso da moeda.
Quanto ao cepo de âncora, nem se compreende muito bem em que contexto de trabalhos é localizada, concordando todavia com a sua apreciação.
Passando ao seu oportuno comentário sobre a moeda e ao estudo sociológico, a continuarmos assim, começa a fazer-nos falta o velho periódico do Vilhena para divulgar matéria arqueológica.
De acordo com o seu comentário, devemos falar pelo menos em extemporaneidade, relativamente à divulgação, mas, sobretudo à interpretação. Seja uma interpretação extravagante.
Significado que atribuo a extravagante: anda a passear, ou perdida, em lugar alheio, ou, pelo menos, fora do sítio apropriado.
Com os meus cumprimentos.
Manuel de Castro Nunes
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Manuel de Castro Nunes