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[Archport] O CRASTO DE PALHEIROS (MURÇA)

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] O CRASTO DE PALHEIROS (MURÇA)
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Fri, 26 Jun 2009 15:46:30 +0100

O CRASTO DE PALHEIROS

 

            Sob coordenação científica de Maria de Jesus Sanches, o Município de Murça deu à estampa, com data de 2008, a monografia O Crasto de Palheiros (Fragada do Crasto ? Murça - Portugal). ISBN: 978-972-97337-3-4. 193 páginas, ilustradas.

            Considera o Senhor Presidente da Câmara, a abrir, que há, em Murça, uma trilogia patrimonial: este crasto, a via e a ponte romanas e? a porca de Murça! Em seu entender, o Centro Interpretativo do Crasto de Palheiros, ora inaugurado, vai constituir, «sem margem para dúvidas, o epicentro aglutinador de um movimento de visitantes que, em Murça, se regalarão com a cultura e a incomparável hospitalidade das gentes mas também com a excelência dos produtos locais (azeite, vinho, doçaria?) e a maravilha da paisagem.

            Após a história das pesquisas arqueológicas, temos a obra dividida em duas grandes partes:

            - os textos, alguns deles bilingues (português e inglês) em que se abordam as problemáticas das cronologias e o faseamento das ocupações humanas no castro e se dá conta dos aspectos geológicos [José Rodrigues e Eurico Pereira] e climáticos, passíveis de terem influenciado a vida das populações desde o Neolítico à Idade do Ferro [Maria de Jesus Sanches, Susana A. Nunes e Dulcineia B. Pinto], cabendo a Isabel Figueiral uma analise do que foi aí a exploração do recursos vegetais.

            - as escavações e os seus resultados, que apontam para estarmos perante «um povoa indígena, teoricamente auto-suficiente, com forte carácter identitário, sem, contudo, se alhear das relações sociais e de intercâmbios com outras comunidades vizinhas trasmontanas ou, mais distantes, do litoral português e da Galiza, bem como da Meseta Norte espanhola» (p. 155). A «efectiva administração romana», «por volta do final do século I d. C.» terá apressado «o final da vida deste povoado» (p. 155).

            Exaustiva bibliografia (p. 156-158) e abundantes desenhos de cortes, estruturas e materiais mais significativos (p. 159-193) completam o volume.

 

                                                                       José d'Encarnação


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